Raio a liberdade canarinho
Naquela tarde caiu no alçapão e teve a prisão decretada mesmo inocente. Vê os pares voando livre, canta de tristeza e amargura o destino traçado de um caprichoso sem coração. No raiar daquela madruga estufa o peito com toda força do mundo canta alto repetindo a triste melodia de sempre pondo pra fora a saudade ao ver mais um dia que vem se despontando, e ele prisioneiro naquela gaiola não tendo ninguém para recorrer que possa aliviar sua dor. Ledo engano canarinho, uma mão pequena bem cuidada abre a porta e a liberdade chegou não é sonho tudo é real. Do alto do pé de jacá a mais frondosa, a mais encorpada daquele pomar cenário de quem esta livre enche o peito novamente junta aos demais cantadores formando uma grande orquestra sincronizada, a melodia mais parece um agradecimento pela magia do que aconteceu, e o céu fica mais belo com a chegada do astro rei deixando tudo brilhante e um dia todo iluminado.