Eu, e o sol se pondo

Não preciso dizer que a poluição das grandes metrópoles além de fazerem mal à saúde transfigura a beleza de um crepúsculo onde o astro rei da sinais que logo se vai nos deixar. Recordo com saúde de uma das suas finais de trajeto se escondendo por detrás dos morros e ao lado um capão de mata de reserva que meu velho pai deixou. O revoar dos pássaros, a calmaria combinava com lentidão do vento levemente balançava as folhas parece que elas estavam despedindo de mais um dia, e acolhendo o a noite que se aproximava com seu manto escuro por algumas horas, isto porquê logo surgia o luar prateado por detrás da mata que nem o mestre Picasso com a maestria de seus pinceis desenhava uma moldura assim. Recordo meu velho cansado da labuta no roçado, pegava sua viola pontilhava com voz roca cantava versos da natureza que mais parecia uma oração. Eu e meus irmãos corria no terreiro já turvo para pegar os vagalumes por numa caixinha de fósforos, depois soltavam só pra ver seu clarão de luzes refletirem ao ganhar a tal liberdade. Porém tudo isso somente existem na minha memória e quando vejo essa as paisagens opacas, e essa selva de pedra em minha volta choro por dentro com saudade do lugar que nasci e cresci parece que estou morrendo aos poucos.

Jova
Enviado por Jova em 31/10/2024
Reeditado em 31/10/2024
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