Cadê você
Chove lá fora o barulhinho no telhado aguça mais a preguiça ao acordar, recordação causa um estado melancólico esforça-se pego a toalha de banho levo o corpo pesado para uma ducha de água morna. Celular na cabeceira da cama toca nem quer saber quem esta do outro lado, preciso dar um tempo para por meus sentimentos em ordem. Vou até a sala observo a mesa do jantar de ontem intacto como foi preparada, os copos não foram usados o momento que seria de felicidade não se concretizou. Preparo meu desjejum com um café bem forte, naquele clima de um silencio ensurdecedor abro a janela observo as gotículas escorrerem na vidraça, os carros passando apresados na rua dá um calafrio geral meu corpo e lembro do colo de minha saudosa mãezinha fazendo cafuné procurando absorver os problemas passando pano quente dizendo – “Filho tudo vai passar....” Como é duro ter que seguir sozinho nesse mundo sem porteira, afinal só aprendi amar não sei esquecer sem sofrer.