O espírito rico e a unidade universal.

O espírito rico e a unidade universal.

E aí um multimilionário morreu e na caminhada espiritual ele escolheu o caminho do céu. É que a alma dele ao abandonar o seu corpo terrestre, deparou-se com um grande labirinto que mostrava muitos caminhos para o além. Ora tantas placas indicativas de direção e ele como foi um grande aproveitador de tudo de bom e do melhor aqui na terra, escolheu a placa que apontava o caminho do céu. Todo radiante e se achando o tal, o todo poderoso pois, afinal tinha deixado uma grande fortuna para todos os seus herdeiros e em seu testamento tinha colocado cláusulas em benefício de obras de caridade, atitude que teve, com a intensão de garantir a sua entrada no reino celeste. Assim confiante seguiu rapidinho em busca do seu objetivo, no desejo de gozar as benesses do Reino Celeste, com a certeza de que tinha direitos a mais que os que estavam a chegar no mesmo momento pois, acreditava que havia comprado a sua entrada para o melhor lugar do Céu.

Ao chegar na portaria do Céu, lá estava um Barbudo que recebia cada um dos oriundos do planeta Terra. A fila era grande e muita demora no atendimento pois, muitos já disseram, ser brasileira a nacionalidade de Deus e aqui no Brasil tudo caminha na velocidade do andar de uma tartaruga principalmente se for para atender o povo que utiliza o SUS e em repartições públicas. Bem, ele notou que tinha um grupinho daqui outro dali enfim, muitos grupinhos separados uns dos outros. Observava entre os que lá estavam, alguns se espichavam para mostrar-se importantes diante dos os outros. Espíritos de pessoas que frequentavam igrejas e nelas procuravam estar sempre em lugares de destaques, com a finalidade de aparecerem para os presentes e para os mortais que se acham mais importantes que os outros. Aquela gente do sabe com quem estás falando?

Era um tal de espíritos que se achavam importantes, tentando dar carteirada para passar na frente dos outros, gente de planos de saúde, que aqui na terra faz propaganda de melhor atendimento médico, mas, também morrem e são despachados para os além não como mais importantes e sim como iguais. Alguns manifestaram que deveriam ser melhor atendido pois foram pessoas importantes quando encarnados lá na Terra. A turma do atendimento na porta do Céu não ligava para suas reivindicações. Assim o multimilionário teve que ficar parado na fila esperando a sua vez.

Tem gente que acha que lá na outra dimensão será da mesma forma que aqui na Terra onde sequer os ditos poderosos percebem que os humanos são todos iguais e quando morrem são enterrado ou cremado rapidinho porque se não ninguém aguentará o mal cheiro. Alguns devem pensar que por ter mais dinheiro a sua decomposição será em odores deliciosos, quá, quá, quá e assim se orgulham serem os tais.

Pois é o tempo foi passando até que chegou a hora do atendimento do vulgo espírito multimilionário. Nessa hora ele questionou se podia falar com o chefe pois não estava acostumado a conversar com subalternos. Sempre conversou com os chefes ou melhor com os donos dos negócios, com os quais mantinha relacionamento comercial. Afinal ele não era gentalha. O atendente na ocasião era um anjo calouro e em treinamento e por isso fazia tudo devagar e de pergunta por pergunta não tinha pressa de acabar a entrevista. Afinal no Céu o tempo é único e não passa, pois, lá ninguém usa relógio e muito menos precisam saber da hora que por si só era única. O multimilionário disse para o anjo que tinha muito dinheiro e lá na terra fez muita coisa para os necessitados e se isso não lhe dava algum privilégio, diante dos outros naquele atendimento? O anjo respondeu que se ele era multimilionário ele não tinha entendido a real finalidade da existência humana e o porquê de sua vida terrena. Como assim? Perguntou o tal espírito que se achava o importante. O Anjo disse que no Céu só entrava quem tivesse vivido lá na terra a verdadeira razão da vida que é nada mais nada menos que a igualdade através do amor ao próximo. E ainda acrescentou que na vida terrena quem muitos bens acumularam só o fizeram, em detrimento da desigualdade, da exploração de seu próximo. Claro que o milionário não concordou com a colocação pois, tinha vivido uma vida cuja razão era só dele e de mais ninguém. Por não ter concordado com a explicação ele disse que desejava recorrer daquela atitude que o anjo atendente lhe impusera. O anjo lhe disse que ele poderia recorrer e para tal ele deveria se dirigir para a mesa ao lado e falar com o outro anjo sobre seu intensão.

Quando conseguiu falar com o anjo que anotava as reclamações ficou sabendo que quem diferencia o humano é o humano e não a divindade criadora. Esta sabe que todos somos únicos no todo universal!

Sejamos na certeza do ser e vamos praticar a unidade do amor universal porque esta sim é que faz a Unidade Universal na eternidade do ser.

José Maria Alves Ferreira
Enviado por José Maria Alves Ferreira em 28/10/2024
Código do texto: T8184105
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