Cronica

Cap 1

Crônica.

Depois das três

Nem eu, Yara, sabia que numa noite de lua clara e céu azul perfeita para sair

com os amigos, aconteceria um episódio, tão bizarro quanto aquele, daquela

noite.

No mesmo dia que eu li o livro Anjos Caídos.

Naquela cuja noite eu sai com algumas amigas da faculdade e fomos se divertir.

comer um lanche,

O Quero Burguer é o lanche mais famoso da cidade dos deitados. Falar sobre os novos projetos, novos lançamentos dos nossos livros e o mais recente livro de terror que eu

estou escrevendo. A noite é uma criança, mesmo.

Quando vi no relógio já era altas horas, já estava rompendo a madrugada!

O frio e o silêncio predomina na negra e solitária curva para a noite, e debruçar o

véu branco da neve que encobria a despovoada noite.

Lá vem o busão. Corri, para parar, mas o motorista não viu o acenar das minhas mãos e passou como um vento, soltando uma fedida de fumaça tóxica do escapamento .

Menos mal, já me virei para o lado, outro busão vindo.

Tão lento! O motorista parou bem na minha frente á entrada da porta. Entrei. Sentei na cadeira olhei para os lados. Ônibus vazio,

quente. estava meia confusa, sem querer ficar...Entrei no ônibus errado? Assustou.

Esta tudo vazio? O motorista respondeu .

Relaxa ..Já já está cheio.

Madrugada. Sono. Isto é um pesadelo? Cochilei.

Ué não parou no meu ponto? Quando vi, já viajava numa locomotiva muito barulhenta e engrenada cheia

de pessoas estranhas, muito magras, outras cheinhas.

No começo não entendia nada, mas queria entender o que estava

acontecendo, porque nenhum dos ocupantes falavam nada com nada.

Ou eu, nada

entendia.

Cap 2

Não tive medo algum ao avistar no meio da locomotiva um homem cantando

uma musica que parecia aterrorizante, mas para os outros, parecia ser

agradável.

Notei que a vibração do som, era baixo e ruídos parecendo choro ou

gargalhadas de pessoas, outros desolados sentados no piso do ônibus que

me chamou muita atenção.

Eu lembrei que já tinha ouvido, aquela musica na trilha sonora de um filme.

Era uma duvida que me parava no tempo e eu não sabia se tudo era normal

ou anormal. Natural ou sobrenatural.

Lembrei-me também do meu professor de filosofia quando falava tudo,

depois falava. Ou não.

Mas como eu nunca fui escrava do medo, deixei pra lá e a viajem continuou

Além de um frio na barriga que corria pelo corpo feito arrepios, que era o de

monos para uma viajem. Mas eu gosto muito de viajar, não me estressei.

Apesar do abafamento e um cheiro ruim que havia naquele ambiente

cômico, eu abri a janela e tentei tomar um vento no rosto.

Cap 3

Eu explico, o fato subterfúgio.

Do lado da cadeira, eu esticava toda para ver o motorista que dirigia aquele

carro velho engrenado e barulhento, que tanto rangia, parecendo uma

lataria amassada.

Mas não o via. Estranho?

As peças estão caindo pelo chão da estrada desertada.

A gente assustada de cabelos em pé, uns sentados, outros em pé, percorria

as vielas becos

ruas estrada, ate chegar no vilarejo inabitado

Continuou a viajem.

De repente o carro já estava numa estrada destruída de muitas pedras e

muito mato

Porque não paramos para tomar uma água? Agua só no pensamento e muita

sede.

Perguntou um dos solitários: Tem água?

Mas ninguém respondeu, e lá vamos eu não sei para onde.

Eu estava cansado de tanto que aquele senhor apertava os freios do busão

,mas não parava par ninguém descer.

Passavam os riachos, que haviam pelo caminho e todos gritavam: Agua! Para

ai, queremos agua!

A cada segundo se esperava, uma sacudida nas engrenagens da locomotiva

sem rumo.

Eu observava.

Só descia um passageiro e a hora que eu esperava a minha vês não chagava..

A hora aproximadamente a não sei que horas, porquê ali ninguém usava

nenhum meio ou tipo qualquer de comunicação para se vê hora alguma.

No ônibus desgovernado agora só havia sete pessoas das dezessete

passageiros que estavam no interior, desde o inicio da partida .

Eu só conhecia Eduard.

Os passageiros que nunca vi, na luz dos meus olhos opacos, talvez o cansaço

da noite.

Chegando numa estrada deserta, o motorista que chamava Olin, falou. Disse:

Tem um passageiro aí que vai descer no povoado. Uma voz falava, mas não

sei realmente dizer de onde vinha aquela voz.

Todos ficaram imersos sem saber de quem era aquela voz de aquarela

eternizada.

Aqui é Ogaki.

Sim. Quem fica.?

Eu estava cansada, quase dormindo e os outro, todos estavam cochilando.

Eu falei; Eu .Os outros ouviram e responderam. Não!. Não, você vai

desembarcar aqui?

O motorista olhou para mim e disse; Você conhece este povoado?

Tem certeza que quer descer aqui?

A mochila não pesava nada, inclusive nem um cobertor, tinha .

Não sabia que ao lado daquele ponto que o ônibus para, havia um cemitério.

Meio cambaleando de sono eu desci e parei ao lado de uma pessoa que

estava sentado no banco em meio do vendaval e vento forte que uivava feito um lobo. Perguntei se o moço não estava com frio, mas ele disse: Aqui na serra do Japi sempre venta muito forte. O vento é como um lobo que fala algo.

Me aproximei mais um pouco. Boa noite. Ninguém falou. Sentei. Havia uma estrada de terra

que não dava para ver até onde ia, mas o moço franzino e sorridente e gentil,

me convidou para seguir, pois iria me ajudar a chegar na pousada mais

próximo. De vistas parecia já conhecer o tal moço, que me disse: Sou Eduard.

Eu nem tinha perguntado, ele foi falando meu nome e pegando minha bolsa.

Achei estranho, quando ele falou que ia me ajudar. No clarão da lua

seguimos. Eduard, conversando com ele mas só ouvia minhas histórias e

sorria. Parecia está muito feliz.

Segurava minha mochila e caminhava na frente. Era madrugada de vento

frio, apesar de ser madrugada fria eu não sentia frio e nem cansaço,

caminhava lentamente não sei para onde.

O silencio era um tanto assustador mas eu não sentia medo. Só ouvia o

barulho dos meus passos e das pisadas dele não ouvia nada. Parecia que

Eduard, andava flutuando.

De repente um vento gelado me envolveu, senti meus cabelos ouriçados e

esvoaçando. Não dei muita atenção,, pois não tenho medos. Nunca deixei o

medo me fazer escrava. Ele que tenha medo de mim. Depois eu estava

acompanhada por um ser invisível muito feliz.

Porque em alguns momentos eu não o via, e somente sentia que alguém me

acompanhava.

Eu tinha certeza que era ele mesmo, o amigo de infância que eu tanto

amava. O Eduard.

Ele olhou para para mim e fez uma única pergunta.

Sabes quem sou eu? Eu respondi rápido. Não.

Me fale logo homem, porque eu já estou me acordando deste sonho bom.

Ele sorriu. Continuamos a caminhada. Eu avistei de longe uma cidade

fantasma. Não encontramos ninguém para perguntar onde nos estaríamos.

Ele dizia não se preocupe .

Aqui estamos bem ,vamos descansar aqui debaixo dessa figueira .

Eu começava falar ficar um pouco assustada, mas ele me acalmava dizendo

frases bonitas .

Comecei olhar para o céu, a lua estava sombria.

Nunca havia visto a lua nos fins de manhã.

Vi também que a minha mochila havia ficado para traz, minhas sandálias e

também o livro que eu levava para ler, onde eu estivesse.

Olhei em mim e vi que as minhas vestes não eram as mesmas .Era um

vestido branco com mangas varrendo o chão.

Admirei aqueles verdes campos e senti paz com a serenidade de Eduard do

meu lado.

Todo momento ele era como se fosse um anjo protetor guardiã.

Um ser perfeito e angelical.

Quem era ele?

Um anjo surreal imortal saiu numa noite estrelejando pelo mundo á procura de uma dama que sonhava. Insistindo me levar a ver aquele nevoeiro rodando em caracóis no vasto do céu. Na velocidade que a locomotiva mumificada girava ouvindo a barulheira de sons conversas, risadas, choros, gemidos, gargalhadas sonoras musicas sem que cingem ou que faziam aura a imaginação. Festas pessoas felizes tristes alegres inebriados, tudo que pude imaginar sobre mim sonambula que nem mesmo a minha voz ouvir sem saber se existia porque entre palavra vagas e embargadas no canto do silencio. Aquele anjo que faz das noites guardiões acordados quando o suor sai do espirito, desprender como nevoeiros que os levam desviando os olhos da saudade repousam nos barcos de suas velas apagadas, aos convés da noites fria.

escritorafatimacoelhosoar
Enviado por escritorafatimacoelhosoar em 19/10/2024
Código do texto: T8177325
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