O espantalho
Dos homens visíveis, sou o mais invisível;
Vagando só, no caminho do esquecimento,
Procurando um lugar, neste mundo cinzento
Gritando em silêncio, o mais alto possível.
De passos pesados, me encontro perdido;
Como um espantalho envelhecido no campo,
Onde pássaros pousam sobre, sem espanto
Perdi meu propósito, não faço sentido.
E assim sigo a esmo, guiado pelos ventos;
Deixando rastros pelas estradas,
De tantas lágrimas derramadas
Farto de sonhos perdidos e lamentos.