O VALOR DA EXPERIÊNCIA

Todos sabemos o quanto a vida é bela e curta, quando percebemos ou olhamos para trás concluímos quão rápido o tempo passou. No momento em que começamos a desfrutar os bens, a experiência, a vivência e o conhecimento acumulados na velhice com o trabalho, o estudo, as leituras e as inúmeras pessoas com as quais convivemos e nos deparamos, vem o aviso de embarque para a vida eterna. Então nos despedimos para sempre.

Ao longo da maturidade somos tomados pelo volume indizível de reflexões sobre família, amigos, condições financeiras, alegrias e tristezas. Porém nem sempre lembramos do cabedal de sabedoria carregada de informações úteis, por demais importantes para serem sepultadas conosco no último dia.

Não seria muito mais produtivo para os que vão permanecer enquanto partimos legar em vida essa gama de aprendizado, revelando a eles nossas mais interessantes experiências aproveitáveis, a sabedoria, os conhecimentos, toda bagagem intelectual, percalços, trunfos, além das centenas de conselhos recebidos dos que chegaram aqui primeiro que nós e já viajaram no rumo da outra dimensão?

A meu ver, ensinar a transmitir tamanha herança poderia muito bem ser lecionado em sala de aula, especialmente no colegial e nas faculdades. Entenderiamos desde cedo o valor de entregar, ceder o bastão desse tesouro às novas gerações. Levá-lo conosco configuraria grande desperdício, ouso pensar.

Juntamente e lado a lado com o aprendizado básico da ampla carga do estudo, da grade curricular desde a infância, promover e incutir na mente deles a idéia primordial de mostrar o incomensurável valor de levar adiante a sapiência dos mais velhos que tanto tem a nos revelar com vistas a tornar o mundo melhor e deveras sábio.

A receita pronta, testada e aprovada por pais e avós, dada aos nossos descendentes continuaria a levar adiante as coisas boas vividas e impulsionaria a abertura de novos horizontes aos olhos das gerações desembarcando para o início de mais um ciclo humano.