BIÔNICO INELEGÍVEL

BIÔNICO INELEGÍVEL

Eu nasci aglutinado num lugar chamado família

Cresci ouvindo um maluco danado, um sujeito

Viciado ao qual eu tinha de chamar de paitriota

Enganava e mentia para mais de meio mundo

Favelados e mentes periféricas, na maior miséria

Acreditavam no safado, em tudo que ele dizia

Um povo híbrido a jogava trinca aos trios

Com um carma turvo, Senzala do submundo

Traidor do Vero Evangelho, um Cão danado

Queria que todo o mestiço povo se chamasse

Raimundo. Fundou no Plano Central, Uhau,

O Gabinete do Ódio de onde presidia do alto

As galeras abjetas do negacionismo Ogro

Do agronegócio caro, milionário, organizado

Para a dominação de crimes por baixo

Muito abaixo, no tapetão no submundo

Nos esgotos da República do futebol

E do verde amarelismo de camiseta

Sambalêlê, nas escolas mil, militarizadas

Pelo fanatismo da patriotada brejeira

De caneta em punho o bruxedo de caserna

Quis ser a Porta-Bandeira do samba

Enredo do Crioulo Doido das fachadinhas

E aparência externas ou frontispícios

Sob o comando do presídio Rei da Vela

O país todo na mão direita do Inelegível

Perseguições, prisões, torturas, a volta

Insana da ditadura, o país raiz da tirania

A viger o novo Ato Institucional n° 5

O horror, O Ethos de caráter amoral a

Viger na Sapucaí dos blocos de carnaval.

DECIO GOODNEWS
Enviado por DECIO GOODNEWS em 22/12/2024
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