“CRIMINOSO TAMBÉM ENVELHECE... E ’BALA’ NÃO RESPEITA IDADE!”
Quando da morte violentas de algumas pessoas, rapidamente “eclode” no imaginário popular a imediata sensação de que uma grave injustiça e um hediondo crime, fora praticado contra uma pobre e inocente vítima...
De qualquer maneira, não pode-se evitar, é verdade, o “choque” para as pessoas comuns, que causa o impacto provocado, por exemplo: “POR UM CORPO ESTENDIDO NO CHÃO!”
É inevitável a surpresa, o pânico que se espalha, o medo e uma espécie de sensação de insegurança...
Porém, logo após, observando a vítima bem de perto... Ou melhor, observando a trajetória da vítima de morte violenta bem de perto, percebe-se logo em seguida que um “passado tenebroso” deixara para trás e a todo custo tentava esconder, tentando se passar, por exemplo, por uma pessoa normal, ou seja, apenas um cidadão cumpridor de seus deveres para com a sociedade e para com os órgãos de investigação, poder judiciário e etc.
Com um pouco mais de perspicácia, tempo e compreensão, será possível se compreender então, que: à exceção da morte de uma ou outra pessoa... de uma ou outra criança, pelas chamadas ‘balas perdidas’, todo o restante dos envolvidos, tem sim, um pretérito verdadeiramente comprometedor...
O passar dos anos e a chegada da idade avançada pode sim, conseguir incutir nas cabeças de alguns homens e algumas mulheres, “algum juízo!”
E é possível acreditar sim, que um ou outro (a), quando dizem ou disseram que se arrependeram profundamente das coisas erradas que fizeram, estarem de fato, dizendo a verdade! Isso é até indiscutível...
Mas, mesmo nesses casos, desde que crimes foram praticados, as leis precisam ser cumpridas e se um indivíduo, cumpriu pena, foi encarcerado e posteriormente libertado e se sente completamente livre dos entraves impostos pela sociedade, existe ainda o crime praticado contras as INEXORÁVEIS LEIS DIVINAS, que precisam ser reparados... De modos que, aprendi e compreendi as nuanças contidas em assertivas até religiosas , estilo descrito nas Escrituras: “QUEM FERIU PELA ESPADA PELA ESPADA PERECERÁ!”
Há pouco tempo atrás, a figura de um pastor assassinado no interior de sua igreja de joelhos, enquanto realizava sua oração, deixou-me por demais surpreso e também perplexo! E interessado em saber qual seria o ser humano que teria tamanha capacidade para assassinar quase ao início do culto, um homem santo fui me inteirar!
Pesquisei e encontrei!
Tratava-se também, o pastor, de um criminoso regenerado, que de fato se arrependera de ter assassinado um filho de um desafeto seu em tempos passados e verdadeiramente mudado, resolvera “aceitar o senhor” e começar uma nova vida “servindo...”
O problema todo se deu, porque o pai daquele que ele assassinara , não compreendendo muito bem essa sua conversão e ainda bastante indignado e revoltado, foi lá cobrar sua vingança , independentemente do pastor ter começado ou acabado sua oração!
Ora, pleno cumprimento da “PENA DE TALIÃO!” (Olho por olho, dente por dente).
E não foi sem estupefação que um velho amigo comentou a respeito de um certo conhecido seu, já de idade avançada, o qual, cansando-se de uma vida inteira voltada a crimes, desde os mais leves, como por exemplo, leões corporais, tentativa de assassinatos, até Tráfico de Entorpecentes e homicídios múltiplos, resolvera também se converter e aceitar o “senhor”. O diferencial nesse caso é que, este, já tinha pagado todas suas contas com a justiça e ao que tudo indica “não tinha deixado nenhuma ponta solta” no mundo do crime, não restando ” conta” pendente com ninguém e pode frequentar tranquilamente sua igreja!
Muito diferente do que ocorreu com o também regenerado “CABO BRUNO!” (1) Sim, este, mesmo verdadeiramente convicto de que estaria para sempre no caminho do bem , fazendo bem ao próximo , tinha muitas “contas pendentes” e os cobradores vieram! Não tiveram piedade e deram cabo de sua vida. Nesse caso, após o culto! (E não antes).
É verdade que com o passar dos anos, algumas novas ideias possam fazer com que uma determinada mente criminosa, seja modificada para melhor, mas, ainda nesses casos, inevitavelmente , coisas ruins que aconteceram e que fizeram sim, sua alegria num passado remoto, quando cumpliciado com outros tantos , dividira “espólios”, extorquira e ajudara prender outros tantos envolvidos, etc., e isso , teoricamente, “também teria um preço!”
Portanto, as senhoras desesperadas e os moços atormentados por mais esse cruel assassinato ocorrido ainda em plena luz do dia... Podem ficar tranquilos... quer dizer, nem tanto... Pois, seres humanos normais jamais ficariam tranquilos vendo uma cena de “corpo estendido no chão”, mas, no sentido de que, nem se trata do aumento da violência em São Paulo, não!
A morte do seu “Zé”, refere-se a uma espécie de “acerto de contas” devido a inúmeros crimes que ele, hoje, vítima abatida violentamente, ajudou a perpetuar e participar também!
Nesse caso, cabe ainda a assertiva do ”quase” filósofo contemporâneo “CHAPOLIN COLORADO:” “não criemos pânico!”
E para não passar a imagem de ser alguém completamente destituído de sentimentos e amor ao próximo: sinto muito pela esposa, pelos familiares e por ele próprio, por acreditar que idade poderia apagar para sempre um passado delituoso e cobranças talvez não viriam mais! Não! Não! Cobranças sempre vem... Demore o tempo que for!
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(1) Florisvaldo de Oliveira, mais conhecido como Cabo Bruno (Uchoa, 18 de novembro de 1958 — Pindamonhangaba, 26 de setembro de 2012), foi um ex-policial da Polícia Militar do Estado de São Paulo, acusado de mais de cinquenta mortes na periferia de São Paulo durante os anos 1980. Considerado "um dos personagens mais polêmicos da crônica policial", chegou a admitir essas mortes, mas depois negou-as em depoimento.