BRASIL DOS MIL PARADOXOS...
BRASIL DOS MIL PARADOXOS...
-- "Pior do que está não fica"!
(Será mesmo, "Tiririca" ?!)
Voltamos à antiga miséria, antes do tempo em que meu sobrinho-xará "se mexeu" para me conseguir o tal "auxílio federal" (o LOAS, aos 68 anos) que transformou nossas vidas, por algum tempo, num paraíso. Mas, "tudo o que é bom dura pouco", já dizia um ditado popular. Por culpa nossa ou devido a "ajustes" (?!) do Governo atual -- o BPC para meu irmão gêmeo só veio 3 anos após o meu, ele não "queria depender do Governo" -- o fato é que tivemos ambos os Benefícios "bloqueados", neste fatídico novembro de 2024.
"Cavo" como posso os 2 reais diários para ter acesso ao meu informativo predileto, o 'DIÁRIO DO PARÁ"... lá está o discurso oficial de que "pobres" (idosos inclusos) não serão afetados pelo "apertar dos cintos" na área econômica. Então, não avisaram nada "aqui embaixo", pois a "declaração" de funcionária da Entidade encarregada de regularizar a situação do povo prejudicado é outra: 1) o Governo tem 1 COTA-limite para tais "benefícios" e ela está esgotada, portanto... 2) para entrar 1 BPC novo é preciso SAIR alguém, e 3) quem não conseguir AJUSTAR seus dados EM 90 DIAS "perde seu BPC", porém a tal Entidade "arrasta" o processo de atendimento de forma que seu caso finde indo além do prazo fatal. Já estou na terceira ou quarta visita sem ser atendido, pois só fazem 10 entrevistas pela manhã e 6 ou 7 de tarde, o restante é "reagendado" para os dias seguintes.
Enquanto isso não sucede, leio no mesmo Jornal (em 8/nov., pag. B11) que ONGs receberam 515 MILHÕES de reais em emendas parlamentares só no ano passado e que... "durante o Governo Bolsonaro [houve] um salto de R$ 13,8 bilhões empenhados em 2019 e de R$ 37,5 BILHÕES em 2020. NESTE ANO [do PT, 2024] elas somam quase R$ 52 bilhões".
Falta explicar o significado do título deste texto para o leitor comum, que sequer tem dicionários em casa... note-se a contradição oficial: estes Benefícios (Bolsa-Família, Escola, BPC, etc) são essencialmente para comida, pois "saco vazio não pára em pé", declaravam nossos tataravós, contudo o Governo permite que o pobre comprometa até 35% deles (uns 300 a 500 reais) para PAGAR EMPRÉSTIMOS, "engordando as Financeiras"... agora, se o idoso investir o mesmo valor numa bicicleta velha ou EM LIVROS (?!), se arrisca a perder o benefício.
Meu caso é pior: atuando com CULTURA, estou impedido de entrar com projetos em Secretarias ou nas Leis de Incentivo, pois o Governo vê tais verbas como RENDA (?!) e isso afeta minha condição "de quase mendigo"... logo, não posso INSCREVER PROJETO algum, não com meu nome. Tal verba, a meu ver, é um "EMPRÉSTIMO" igual a qualquer outro, com prestação de conta integral sobre o dinheiro recebido, não fica 1 CENTAVO conosco. Aguardo posição oficial de vários órgãos -- sobre minhas dúvidas -- desde 2018 ! Nenhuma resposta até agora !
Voltemos aos PARADOXOS: é impossível alguém viver com apenas 300 reais mensais, R$ 10,00 a cada dia, 4 moedas para "almoço" e outra "fortuna" igual para jantar... a funcionária da Entidade lamenta que todos ali na sala precisem declarar 1 RENDA PRESUMIDA, (?!) que aliás nem possuem, sendo por acaso esposa ou mãe solteira ou desempregados de todo tipo, incluindo aí IDOSOS. A base de cálculo (das "despesas" de cada família) é a tal "CONTA DE LUZ", que não possuo desde set./2017, quando dispensei a presença da (ex)estatal insensível na minha vida.
Por uma conclusão supostamente LÓGICA (?!), se você tem uma despesa com energia elétrica de 40, ou 60 ou 120 reais MENSAIS, te sobra muito pouco para "completar os R$ 300,00 mensais obrigatórios", depois dos quais você É RICO (?!) o suficiente para não depender do Governo. Ora, a família tem a conta em tal valor porém NÃO PAGA... segundo jornais, já foram de mais de 65% (nos anos 90) os INADIMPLENTES desta Companhia de tantos "nomes".
Retorno aos PARADOXOS... no "cantinho" do "Diário do Pará" onde meu escritor predileto Elias R. Pinto -- espécie de Paulo Francis mais erudito -- fala "de tudo um pouco" ou Carlos Eduardo Vilaça "destrincha" filmes, o Tyron Maués nos revela novas HQs e uma escritora "resume" livros diversos, "topei" ontem com a jovem jornalista Laura Vasconcelos (SP) citando PARADOXOS. (O de um certo "navio de Teseu" que seria, no máximo, uma barcaça e a "figura" do "ônibus que NÃO CHEGA nunca"!)
O primeiro exemplo é quase uma adaptação malandra da estória grega do riacho, cuja água nunca é a mesma em qualquer ponto. No caso do "navio", o exemplo é péssimo, Teseu viaja "sabendo" (?!) que trocará tábuas do barco e já as leva prontas e perfeitas para o encaixe a bombordo e a estibordo. Só esquece que existe um trabalho chamado CALAFETAÇÃO e que, sem ela, o barco afunda, com tábua nova ou não. Quanto ao ônibus "QUE NÃO CHEGA", quem mora em Belém VIVE isso eternamente... aos sábados e domingos reduzem a frota em 80% e, sendo feriado, é 1 VEÍCULO somente por linha, 2 no máximo !
Segundo o dicionário "LAROUSSE" (edit. NOVA Cult., SP, 1992, pag. 832) PARADOXO é... "1 - contradição, pelo menos aparente, e 2 - opinião contrária à opinião comum". Logo abaixo temos: PARAFRENIA - "Psicose (...) caracterizada por ideias delirantes", etc. É inconcebível imaginar alguém (sobre)vivendo (?!) com apenas 300 reais mensais e, pior, parece ser inconcebível termos um atendimento MELHOR (mais rápido, eficiente) nessas Entidades que lidam com o povo, Bancos inclusive. Como tenho só 90 DIAS "para virar esse jogo" e os Órgãos que tratam do caso NÃO TÊM PRESSA nenhuma, irei perder meu BPC e voltar à antiga miséria. (*1)
-- "Quem poderá me defender"?! Suponho que nem o "Chapollin Colorado" !
"NATO" AZEVEDO (em 9/nov. de 2024, 5hs)
OBS: os bons tempos da RECICLAGEM findaram... a PMA acabou com os "lixões" e todo mundo agora é "catador": vigias noturnos, os jovens que vêm das 'baladas", quem trabalha de madrugada e até os donos de "botecos" guardam suas latinhas por semana e meia e as vendem nos "ferros-velhos".
(*1) - não foram precisos 90 dias, o caso se resolveu em menos de 25 DIAS, ao postarem um funcionário do CADÚNICO no posto de nosso município denominado CRAS 2. Isso reduziu a demora em 60 % do período anterior.