Divididos, Mas Somos Todos Brasileiros
Vivemos em um país partido ao meio, onde as vozes que ecoam de uma extrema direita e uma extrema esquerda parecem mais altas que a razão. Ao mesmo tempo, há quem tente adotar uma postura mais maleável, mais democrática, seja à esquerda, seja à direita. Mas o que vemos, infelizmente, é uma confusão política onde a democracia, em sua essência, muitas vezes se perde.
O povo brasileiro, ao longo dos anos, parece ter se distanciado do verdadeiro sentido do voto. A política, que deveria ser a arte do diálogo e da construção, transformou-se em uma arena de disputas ferozes, onde mais importa o lado que se apoia do que o bem comum. Muitos eleitores votam como quem escolhe um time de futebol, e uma vez escolhido, não importa o que aconteça, defendem-no a todo custo, cegos a qualquer erro ou falha.
E os próprios políticos não são diferentes. A cada eleição, vemos uma cena que se repete. Quando um lado vence, o outro se prepara para torcer pelo fracasso. Não importa se esse fracasso significará sofrimento para o povo, para as minorias, para os que mais necessitam. O objetivo é claro: fazer com que o governo do outro lado dê errado, para que, em quatro anos, possam tomar o lugar e continuar com os mesmos ciclos de poder e favorecimentos.
Enquanto isso, quem realmente sofre é o trabalhador, a classe que carrega o país nas costas, os pobres que veem os benefícios escorrerem para uma pequena elite que se aproveita das brechas e falhas de um sistema corrupto. Licitações ilegais, favorecimentos políticos, acordos obscuros. Tudo para garantir que uma pequena parcela continue a viver bem, enquanto a maioria luta por direitos básicos.
O que esquecemos, enquanto nos perdemos nessa batalha sem fim, é que, ao fim das contas, todos somos brasileiros. O município, o estado, o país é de todos nós, e deveríamos estar lutando juntos para construir um futuro melhor. Não importa se a liderança é de direita, esquerda ou centro, desde que respeite as minorias, desde que trabalhe pelo bem de todos.
Nosso maior erro é permitir que essa divisão nos cegue. Porque, ao final, não importa o lado em que estamos, todos vivemos sob o mesmo céu, caminhamos pelas mesmas ruas e enfrentamos os mesmos desafios. É hora de darmos as mãos, de colocarmos de lado as bandeiras partidárias e trabalharmos por um Brasil que dê certo para todos.