Americanos somos todos nós, eles são estadunidenses!
Sempre ouço ou assisto aos jornalistas se dirigindo aos naturais dos Estados Unidos como americanos.
O que faz um país se denominar como única referência do continente. A arrogância e a petulância de um povo que acredita ser a melhor e a única nação verdadeira e original. Uma espécie de polícia e avaliador moral e do que é a “democracia” no mundo.
Os estadunidenses classificam os países “democráticos” conforme os seus interesses. Por exemplo, a China é uma ditadura e a Arábia Saudita, democracia. A fome, a educação e a saúde nunca foram preocupações essenciais na avaliação “moral” dos “policiais” planetários.
Até aí, nada de novo, o problema é o complexo de viralatas, termo usado para explicar o comportamento auto depreciativo do brasileiro, cunhado pelo dramaturgo Nelson Rodrigues. Determinamos uma metonímia , quer dizer uma parte, o país, pelo todo, o continente, utilizar americano é de um colonialismo estrutural.
Em todos os países colonizados é criada uma burguesia, geralmente branca, que odeia o seu povo e que almeja ser o “colonizador”, quase sempre desprezado pelos mesmos.
Ao usar o gentílico americano para definir quem nasce nos Estados Unidos, e não estadunidense, mostra uma estima baixa, um descrédito por quem você é e a referência geográfica, histórica e emocional do seu lugar no mundo.