Padre Fabrício Rodrigues: trágico desenlace

 

Que pena! Acaba de ser sepultado o padre Fabrício. Nem o conhecia, mas, com tristeza, acompanhei pelas redes sociais a notícia do trágico desenlace do padre Fabricio Rodrigues, que faleceu em acidente automobilístico ocorrido na BR-230, rodovia Transamazônica, na madrugada de 12 para ontem, 13 de setembro de 2024. Ele, de moto, voltava do trabalho, qual seja, de uma celebração na Igreja Católica da vila Primeiro de Março, município de São João do Araguaia, nas proximidades de Marabá, e colidiu fatalmente com um cavalo na pista.

 

Sou cristão evangélico de confissão presbiteriana. Além disso, como disse, não tive a oportunidade de conhecer o padre Fabrício. Infelizmente. Tenho, contudo, a convicção de que eu teria gostado muito de o conhecer e ser seu amigo, pois o noticiário comprova que ele era um ser humano fantástico, uma pessoa rica na melhor e mais profunda acepção da palavra. Creio também que ele teria gostado de me conhecer e ser meu amigo, mas não tivemos essa oportunidade. Que pena!

 

Tomei conhecimento de sua existência após sua trágica morte. E fiquei de coração partido. Ele – conquanto fosse uma pessoa com o transtorno do espectro autista (TEA), que é um distúrbio do neurodesenvolvimento –, além de padre, era cantor, escritor, acadêmico de Psicologia e influenciador digital, com vasta atuação nas redes sociais. O autismo não o impediu de ser o ser humano maravilhoso que ele foi. E ele, não tenho dúvida, viveu plenamente a sua vida enquanto esteve sobre a terra e foi bênção na vida dos que com ele tiveram a felicidade de conviver.

 

Sou, além de evangélico e maçom, advogado, escritor e acadêmico de Letras, bem como, conquanto não seja influenciador digital, também gosto muito da internet e das redes sociais. Sempre tive, como advogado (e agora mais ainda como estudante de licenciatura), muito respeito e um carinho todo especial com a pessoa com deficiência (PcD). Sempre combati o preconceito e, a cada dia mais, estou convencido de que o capacitismo tem que ser combatido e erradicado. O desempenho do padre Fabrício nos mostra isso.

 

Não sei qual foi a causa do acidente. Critico, porém, dirigir em alta velocidade, como também critico deixar animal solto em via pública. No caso de animal solto, desnecessário dizer do perigo a que ficam expostos ele e as pessoas que estão no trânsito. Ambas as práticas devem ser seriamente combatidas, pois causam danos, não raro, irreparáveis. O pobrezinho do cavalo também morreu na hora. Que tristeza! Não sei por que ele estava solto na rodovia, mas não tenho dúvida de que, se não estivesse solto na estrada, estariam vivos ele e o padre, livres do trágico acidente que os vitimou.