o Carro sumiu

Um dia deste, quando eu saía do supermercado e me dirigi ao estacionamento com um saco de arroz na mão, não encontrei meu carro. Ao me aproximar do local onde o deixei vi que a vaga estava vazia. Sobressaltei-me. Acionei o controle, ele não respondeu. Olhei com mais atenção e nada, nenhum sinal dele. Um calafrio subiu pelo meu corpo. Droga! O carro deveria estar aqui! Apavorei-me com a ideia de que meu carro tivesse sido roubado. Avistei um segurança do supermercado. Nas mãos o controle do carro. Fui falar com ele. Era a minha única esperança de encontrar o carro. Aproximei-me e falei:

- Meu carro sumiu!

- Isto não pode ter acontecido, respondeu.

- o meu carro não está onde eu o deixei, a vaga está vazia.

- Como assim – disse o moço

- Eu o deixei aqui - apontei para a vaga.

- Tem certeza?

- Tenho.

- O senhor pode descrevê-lo para mim, disse querendo saber detalhes do carro.

- É um Stilo verde escuro - Expliquei.

O segurança encostou-se vagarosamente, em uma coluna, pegou o telefone e ligou para um colega vir ajudá-lo a procurar o carro:

- Ele deve estar aqui em outro lugar. Você tem certeza de que ele estava estacionado naquela vagai? Você testou o alarme?

- Sim.

Apertei o controle, novamente, o carro não respondeu.

O segurança que ele chamou apareceu e se juntou a nós e começamos a procurar o carro no estacionamento: primeiro na fileira onde eu dissera que ele estava, depois foi de fileira em fileira.

- Olhe, o primeiro segurança gritou.

- O seu carro não é aquele? Apontando para um Stilo azul

Ao vê-lo estacionado a seis fileiras à frente do local onde eu o deixara, anteriormente, me lembrei do telefonema da minha mulher, quando me dirigia à saída do estacionamento, depois de fazer as compras: “Esqueci-me que não tem arroz para o almoço”.

Parei o carro a alguns metros da cancela de saída e voltei ao interior da loja para comprar o arroz. Com o saco de arroz nas mãos, fui direto ao local onde o carro estava estacionado, anteriormente. E me assustei quando vi que ele não estava lá.