Vovó Onça e o Lobo Luar
Em uma noite iluminada pela lua cheia, Vovó Onça se preparava para mais uma de suas histórias encantadas no coração da floresta. As árvores, com suas folhas sussurrantes, pareciam ansiosas para ouvir a sabedoria da vovó. Enquanto isso, Luar, o lobo bonzinho, observava de longe, seus olhos brilhando como estrelas na escuridão.
Vovó Onça era uma contadora de histórias excepcional, e sua voz suave cativava todos os animais. Ela falava sobre os mistérios da floresta, sobre o amor entre os seres vivos e sobre a magia que permeava cada folha e cada gota de orvalho. Luar, que sempre fora um pouco tímido, decidira que naquela noite ele também queria participar.
Quando Vovó Onça começou a contar a história de como as estrelas surgiram no céu, Luar não resistiu e se aproximou. “Vovó, posso contar uma história também?” ele pediu, com um brilho especial nos olhos. Vovó Onça sorriu, sabendo que a coragem do lobo merecia ser reconhecida.
“Claro, meu querido Luar! O que você tem a nos contar?”
Luar, sentindo a energia da noite, começou a narrar sua própria aventura. Ele falou sobre sua namorada Luara e os três filhotes que tinham acabado de nascer. A alegria que sentia ao vê-los explorando o mundo pela primeira vez era contagiante. “É como se a lua estivesse sorrindo para nós, Vovó! Cada passo deles é uma nova história!”
Os animais se aproximaram, fascinados pela narrativa do lobo. Vovó Onça, percebendo o entusiasmo, incentivou: “Conta mais, Luar! Os filhotes também têm suas travessuras?”
E foi assim que Luar começou a relatar como seus filhotes adoravam brincar na lagoa, correndo atrás das borboletas e se esgueirando entre as folhas. Vovó Onça intercalava com risadas e comentários carinhosos, e logo a noite se encheu de risos e aplausos.
A conexão entre eles era mágica. Enquanto Luar contava suas histórias, Vovó Onça trazia à tona a essência da vida na floresta: a união, a amizade e a beleza de cada momento compartilhado. Juntos, eles mostraram que, independentemente das diferenças, todos os seres da floresta têm algo valioso a ensinar e aprender.
Quando a lua começou a se esconder, Luar e Vovó Onça se despediram de seus amigos animais, prometendo mais histórias para as próximas noites. Enquanto caminhava de volta para casa, Luar percebeu que tinha encontrado uma nova família nas palavras de Vovó Onça. Ele sorriu, sabendo que sempre haveria espaço para mais histórias e risos sob a luz da lua.
E assim, na floresta, entre os sons da noite e o perfume das flores, Vovó Onça e Luar continuaram a tecer histórias que uniam todos os corações, iluminando a vida com magia e amor.
Helena Bernardes
out,2024