Entrega de faixas
Fazendo parte das comemorações dos 150 anos da morte de Anita Garibaldi, Laguna recebeu o time de Futsal do Internacional de Porto Alegre. A diferença de qualidade entre as equipes era enorme.
Começado pela imponência do nome da equipe gaúcha: Sport Clube Internacional de Futsal. O time lagunense levava o nome de Farmácia Flávia.
Enquanto um jogador gaúcho de nível médio deve ganhar 3 mil reais por mês, todos os jogadores da Farmácia ganham uma cervejada a cada título conquistado.
Os nomes de alguns jogadores da F.F. deveriam sofrer algumas modificações. Bode e Bagulho são excelentes goleiros, mas com esses nomes nunca chegarão ao nível de Bagé e Barbosa. Para parar um FeNeMê e um Maguila o Inter escalou um P.C. Se o homônimo acabou com o Brasil porque este não pararia com a força desses dois homens usando apenas a categoria?
Um jogador que não me agradou no Inter foi Serjão. Mais “mala” do que ele só outro dele. Alguns torcedores vaiaram o time local e entoaram olé. Se quiserem torcer contra os filhos da terra, não saiam de casa, que vai ser bem melhor.
O evento coroava, quer dizer, enfaixava os Tricampeões Municipais de 1999. Já o Inter trazia na bagagem os títulos de Campeão da Taça do Brasil (1999), Campeão Mundial Inter Clubes (1997) e Campeão da 1a Liga Nacional de Futsal (1996).
A alegria foi geral quando depois de estar perdendo de nove a zero o Farmácia Flávia fez seu único gol, através de Jefferson. Dizem que não vai ser colocada uma placa referente a este gol já que Mário também fez outro, contra. Quando a partida estava de 10 a 1 me virei para o placar e vi que constava 10 a 0. Reclamei com o rapaz que mudava as plaquetas e ele envergonhado disse que só tinha um número 1. A partir do 17o gol torci para a F.F. levar mais 3, pois só assim teríamos nosso 1 no placar. Dito e feito tomamos o vigésimo gol e, ufa, o menino beijou a plaqueta e com lágrimas nos olhos inseriu nosso único gol no placar manual.
Um torcedor ria dos dribles que nossos atletas levavam e tomou uma bronca de meu irmão. Arrependeu-se e passou a torcer conosco.
Um jogador do time vice-campeão de Laguna, disse para o jogador da F.F. no dia seguinte ao jogo:
- Que vergonha. Tomar aquela goleada.
Ouviu como resposta:
- Estás é com ciúmes de não ter jogado contra eles.
Foi obrigado a concordar. Ele também gostaria de perder de goleada para aquele timaço.
Se não me engano o Maguila levou dois dribles seguidos do Ortiz e no outro dia procurou um ortopedista para ver se a coluna não havia se deslocado.
O FeNeMê me contou que a sua alegria foi ter metido uma bola no meio das pernas do Ortiz, um dos melhores jogadores de Futsal do mundo.
No final restou o consolo do time ter lutado com tudo o que tinha nos pés para não tomar tantos gols. E a partida encerrou em 23 a 1.
Aroldo Arão de Medeiros
05/08/1999 e 12/06/2006