O Eco da Solidão no Mundo

A Liberdade de Vera Salbego: O Eco da Solidão no Mundo

No horizonte azul do meu ser, sempre vislumbrei a ideia de liberdade. Para mim, liberdade não se resume ao ato de viver sem correntes, mas sim à plenitude da existência, onde cada mulher tem a oportunidade de brilhar. Como professora e escritora, trago na alma a missão de instigar reflexões profundas para minha turma e para todos aqueles que cruzarem meu caminho. Porém, a liberdade só se torna real se todas as mulheres forem libertas.

Quando ouço os ecos de histórias de mulheres aprisionadas, algo muito profundo ressoa dentro de mim. Essas histórias não são apenas narrativas distantes; são reflexos da minha própria luta, da luta de cada uma de nós. O olhar sufocado por olhares invasivos, os sonhos apagados pela opressão... Não posso, de forma alguma, considerar-me livre se, em algum canto do mundo, uma única mulher estiver aprisionada—física ou emocionalmente.

Quantas vezes, ao longo das minhas aulas, já abri o espaço para conversas sobre igualdade, respeito e empoderamento? A cada palavra, percebo uma centelha de esperança e mudança. Se uma única voz feminina é silenciada, toda a sinfonia de nossas existências é distorcida. As histórias não contadas, os talentos não revelados, as vidas que não foram vividas... tudo isso é um grito ensurdecedor que se alastra nas paredes de meu coração.

Na literatura, encontro a arma mais poderosa que tenho à disposição. Cada página escrita ecoa como um chamado à ação. Através das histórias que crio, busco iluminar as sombras que cercam as vidas de tantas mulheres ao redor do mundo. Para que elas sintam que não estão sozinhas, que suas dores são compreendidas e que suas lutas são válidas.

Às minhas alunas, compartilho a mensagem de que cada uma é um farol. Um farol que pode proporcionar luz em meio à escuridão. Convido-as a erguê-las para lutar pela liberdade de todas, pois a verdadeira liberdade é coletiva. Não é possível desfrutá-la plenamente enquanto houver uma única mulher acorrentada.

Portanto, meu compromisso, como Vera Salbego, professora e escritora, é com a luta pela liberdade de cada mulher neste mundo. E assim, serei livre quando cada uma de nós for livre. Que nossas vozes se unam e ecoem este ideal, e que um dia, quando olharmos ao nosso redor, vejamos um mundo onde as correntes foram quebradas e onde podemos, de fato, ser livres. Afinal, enquanto houver uma única mulher aprisionada, minha liberdade será incompleta.

EscritoraVeraSalbego