Permissão...

Hoje em dia, confesso que estou um pouco descrente de alguns "seres humanos" e diria até intolerante...

Por que? Porque percebo neles a arrogância que me sufoca, a soberba que me cansa e a ignorância que me provoca aversão...

Parece que, o tempo me fez enxergar o mundo ainda mais diferente do que via, o que me fez compreender melhor a solitude.

As vezes ficar sozinho, é mais saudável do que viver na presença de pessoas que só pensam em valores materiais, quando para mim o que tem relevância são valores humanistas.

Meu espírito, antes paciente, tornou-se seletivo e excludente, pois assim eu posso usufruir de gente que se identifica comigo.

Reconheço apenas o valor de quem traz verdades nos olhos, aconchego no coração e solidariedade nos gestos.

Não é egoísmo, mas um ato de autocuidado. Estou tentando preservar a paz que cultivo em mim e que é indispensável para minha evolução e equilíbrio.

Aprendi que em algumas ocasiões partir é coragem, não fraqueza, quando o ambiente furta mais do que oferece.

Prefiro estar sozinho com serenidade do que permanecer em lugares onde a alma não se encaixa ou me traz mal estar.

Nesses tempos de egoísmo, ganância e insensatez, ficar comigo mesmo é, muitas vezes, o melhor abrigo e companhia.

Sou uma pessoa comunicativa, da comunicação, e penso que o Homem não é ilha para viver isolado, contudo, do jeito que algumas pessoas estão agindo, acho prudente me afastar.

Talvez as normas civilizatórias não concordem,

Todavia me dei essa permissão...

Antônio de Magalhães
Enviado por Antônio de Magalhães em 05/02/2025
Código do texto: T8257715
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