Revolução Armada
Reintroduzo nesta poesia o manifesto
Metralhadora de boletos
A guerra é a fome, um mau bolero
Que mata mais que cianeto
A revelação não é a da fotografia
Para o álbum da família
É nossas proles morrendo de anorexia
Induzida pelos que não partilham
A revolução deve vir à prova de balas
Desde a caneta até o fuzil
Superaquecida chama anil
Dos festejos da vida proletariada
Cabeças hão de rolar
Sobretudo do banqueiro
E os abutres hão de insepultar
Sua herança com carniceiros beijos
A política será municipalista
Emancipação descentralizada
E a gestão será autogestão
Economia solidária
O sonho não morreu
A utopia não é inteligente
Mas tampouco os liceus
Conseguem trabalhar para nossa gente
Sociedade sem escolas
Espaços com ar condicionado
Já o senado
Nadará nado sincronizado
Na dança das ebolas
E este hino que eu anuncio
Será dançado pelos revolucionários
Mas sem religião, sem ismo