F_O_R_M_A_S
Por vezes tomamos FORMAS que jamais pensamos em tomar...
FORMAS que nos TRANSFORMAM.
FORMAS que nos DEFORMAM.
FORMAS que são apenas FORMAS.
Uma esperança.
Uma expectativa.
Uma decepção.
Por vezes muito mais...
Por vezes muito menos...
Por vezes.
Alinhados em nossa fé interior,
gostaríamos de ouvir algo que não ouvimos.
Planejamos.
Contudo a frase inesperada vem como Urãnio enriquecido com alta concentração de Plutônio.
Inicia-se a reação em cadeia.
Cedo demais.
Tarde demais.
Aquilo que nos comprime alcança a nossa massa crítica.
Não há mais o que se possa fazer.
Tentamos.
Buscamos.
Reagimos em vão.
Uma fusão emocional regada à trítio e deutério é o suficiente para o colapso existencial nesta esfera.
Cedo demais.
Tarde demais.
Em um última tentativa, buscamos o ar que já não está tão presente em nossos pulmões...
Lutamos para reaver a nossa FORMA.
Ela não existe mais.
FORMA que tinha esperança.
FORMA que tinha AUTOPROTEÇÃO.
FORMA que se TRANFORMOU.
FORMA que DEFORMOU.
Cedo demais.
Tarde demais.
Lembrei - me agora de uma frase de Paulo Leminski... "O que fazer a não ser meditar no vazio que há nas palavras".
Cedo demais.
Tarde demais.