OS SEGREDOS HEDIONDOS NA “QUINTA DAS ROSAS”
A velha mansão senhorial, agora restaurada e modernizada, na sua totalidade, fazia parte da “Quinta das Rosas”, situada no alto da planície, de onde se avistava o mar: na sua imponência furiosa, em dias de tempestade; como na sua doce mansidão, quando tranquilamente, bordejava a praia, com a qual ele convivia, beijando, brandamente, a areia branca, qual namorado apaixonado, num relacionamento próprio dos grandes elementos da natureza. Da mansão, a paisagem não poderia ser melhor.
A nobre família, descendente da Casa Real de “Vilarinho dos Montes”, considerada a extinção da monarquia, em mil novecentos e dez, naturalmente que não usufruía de qualquer título nobiliárquico, ativo e reconhecido, mas a população local, denominava esta geração por “Condes de Vilarinho”, cuja família progenitora se dedicava, como quaisquer outros cidadãos, a vários trabalhos na área da agricultura, na própria quinta. Os quatro netos/filhos trabalhavam em diversos empregos públicos e privados, na vila de Quitanda, sede do concelho com o mesmo nome.
Os membros desta ainda família tradicional, oriunda da antiga nobreza, eram pessoas muito estimadas na localidade, onde estava implantada a “Quinta das Rosas” mais propriamente, na aldeia de “Redondela”, no concelho de “Quitanda” e distrito de “Regilde”, em Portugal. A família, composta por oito membros: os avós, Barnabé e Gertrudes, já com uma idade proveta, na banda etária dos oitenta e cinco anos, eram pessoas de hábitos e valores do seu tempo, mas que estavam contextualizados ao tempo e local em que viviam. Os filhos destes, Miguel e Francisca, com idades perto dos sessenta anos, eram pais de quatro filhos. Vivam dos rendimentos que a quinta lhes proporcionava, através dos produtos que colhiam, alguns dos quais, seriam comercializados.
Miguel e Francisca, tinham na quinta, a viver com eles, os quatro filhos: dois homens e duas mulheres, com idades compreendidas entre os vinte e cinco e os trinta anos, todos habitando a mesma mansão, em quartos separados, muito embora os espaços comuns, como a sala de jantar, a sala de visitas, varandas, cozinha, entre outros, eram de acesso livre, quer à família, quer às empregadas.
A família dos Condes de Vilarinho dos Montes, tinha ao seu serviço duas empregadas, desde há vários anos, e que eram consideradas como membros da parentela. Uma das empregadas, a Constança, estava destinada às lides domésticas; a outra, a Madalena, ocupava-se dos trabalhos agrícolas e outros serviços, nomeadamente: jardins, criação de aves e coelhos para consumo da família, e alguns animais domésticos: dois cães e dois gatos. Estas empregadas, ambas com idades na faixa dos vinte e oito e dos trinta anos, tomavam as refeições à mesa,
com os seus “patrões” e a restante família. Na verdade, as dez pessoas que habitavam a mansão, relacionavam-se com muita estima e até, em dois casos, com bastante intimidade, que poderia suscitar alguma interpretação, pouco abonatória, em relação aos filhos do casal, Miguel e Francisca, bem como às duas empregadas.
O casal, Miguel e Francisca, eram pais de quatro filhos: Rodrigo, que à época, tinha trinta anos; Lucas, vinte e cinco anos; Mariana, era a mais velha das mulheres, com vinte e sete anos; Matilde, a mais nova, com vinte e dois anos. As duas empregadas, que a família tinha ao seu serviço, Madalena de vinte e oito anos e Constança de trinta, mantinham o afastamento possível, principalmente dos dois filhos do casal, Rodrigo e Lucas, muito embora estes, aparentemente, respeitassem as duas empregadas.
Os quatro irmãos relacionavam-se extremamente bem, sempre com elevado nível cultural e rigorosa educação, quer entre eles, quer para com os pais e os avós. Com as empregadas, as relações eram mais restritas, cingindo-se a solicitar-lhes algum trabalho, contudo, sem as perturbar ou prejudicar nas suas tarefas contratuais, atitude que tanto Madalena como Constança, muito apreciavam.
A vida na “Quinta das Rosas”, aparentemente, decorria dentro de uma certa normalidade, embora com a austeridade que era exigida pela honrosa família. Ao final do dia, os quatro irmãos: Rodrigo, Lucas, Mariana e Matilde, reuniam-se em casa, com a restante família, e enquanto a refeição não ficava pronta, viam televisão, conversavam alegremente, jogavam nos computadores, até que eram chamados para a mesa, e toda a família e empregadas, tomavam a refeição. De igual modo se processava o café da manhã, mas a refeição do almoço, apenas os avós, pais e empregadas é que ficavam juntos, porque os filhos tomavam as refeições do almoço fora, próximo dos seus empregos.
Os dois irmãos e as duas irmãs tinham uma excelente relação. Muitas vezes eram vistos a passear pela quinta, de mãos dadas: Rodrigo e Mariana; Lucas e Matilde. De quando em vez, os quatro jovens, pareciam dois pares de namorados, muito apaixonados. Os rapazes passavam a mão pela cintura das irmãs, ou pelos ombros e elas retribuíam da mesma forma. De quando em vez, beijavam-se na face, e riam-se alegremente.
Um “belo”, e/ou, quiçá, um triste dia, Rodrigo e Mariana, comunicaram aos pais, e aos outros dois irmãos, que gostariam de ir passar umas férias, para uma ilha turística, que tinham visto na internet. Claro que ninguém se opôs, afinal eram de maior idade, e as despesas com essas férias seriam por conta deles. Os dois irmãos logo iniciaram os preparativos para a viagem, e também para a estadia num resort luxuoso, com tudo incluído, situado na referida ilha turística.
Rodrigo e Mariana, nunca tinham namorado, nas localidades onde habitavam, nem onde trabalhavam, e com a idade que já possuíam, afigurava-se a muitas pessoas, inclusive no interior da família, que lhes parecia uma situação pouco normal e, quando os avós e os pais lhes perguntavam se pensavam namorar e casar, a resposta dos dois irmãos era sempre a mesma: «Primeiro vamos gozar a vida e depois logo se verá, mas por enquanto estamos muito bem, no seio da nossa família. Quando chegar o dia e houver amor por alguém, então cada um que decida o que deseja da vida».
No dia seguinte à conversa que tinha havido em família, os dois irmãos partem de férias, muito felizes, sorridentes e bem-dispostos, olhando um para o outro com uma certa fixação, aparentemente, interrogativa, mas, talvez, muito ambígua, para quem se despedia deles. Chegados ao aeroporto, procederam à tramitação normal: Check-in; despacho das bagagens, passagem pela inspeção policial e aguardar na sala de embarque, correspondente ao voo que iam realizar. Telefonaram aos pais, para lhes dizerem que estavam bem, e que dentro de alguns minutos embarcariam. Logo que chegassem ao destino, voltariam a ligar.
O voo demorou cerca de quatro horas. Chegados ao hotel, voltaram a fazer um novo Check-in e, como os apelidos eram iguais, o rececionista que os atendeu nem lhes perguntou se pretendiam um ou dois quartos, de resto na marcação das férias, já tinham declarado na agência de viagens, que pretendiam apenas um quarto de casal. Instalaram-se no aposento que lhes foi indicado.
Rodrigo, dirige-se à irmã Mariana, abraçando-a com muito carinho e, dando-lhe um beijo na testa, disse-lhe: «Querida maninha, enfim, estamos sós, com o nosso amor, a nossa imensa paixão, a que temos direito. Não nos entregaremos a mais ninguém, porque este nosso sentimento já está connosco há muitos anos. Já vivemos situações de grande intimidade, sempre com medos de sermos apanhados, mas agora, estamos livres de quaisquer olhares indiscretos e censuras maldosas. Vamos, finalmente, poder concretizar, na maior intimidade e total plenitude, o nosso amor».
Mariana olhou para o irmão, olhos brilhantes, rosto corado e peito ofegante, disse-lhe: «Sim meu irmão e meu único amor nesta vida. Desde pequena que eu via em ti algo de especial, diferente dos restantes rapazes e que, aos meus quinze anos, já pressentia que o futuro seria para nós os dois, mas eu não sabia explicar esse sentimento que crescia em mim. Hoje sei que era amor de verdade, por isso nunca quis conviver com outros rapazes, e até me chegaram a dizer que eu não gostava de homens e que, se calhar era mais uma dessas “lésbicas peçonhentas”. Nunca fiz caso disso, porque eu já sabia quem amava de verdade e quando chegasse o momento, me entregaria a esse homem que Deus colocou no meu caminho e que,
talvez por um desígnio qualquer, era o meu próprio irmão, o meu Rodrigo querido e amado, a quem hoje, me entregarei sem limites».
Depois destas “Declarações de Amor”, os dois irmãos, vão juntos para o banheiro, tomam um duche, vestem o roupão e dirigem-se para a cama de casal. Estava calor no quarto: regulam o ar condicionado para uma temperatura mais agradável; despem-se e, já deitados na cama, agarram-se, quase desesperadamente, um ao outro; surgem as carícias recíprocas, pelos corpos, dos dois irmãos; depois os beijos escaldantes; a manipulação dos órgãos genitais para, finalmente, se completar o ato de total entrega sexual.
Mariana era uma mulher feliz, o prazer do ato sexual com o seu irmão, até ambos atingirem o clímax, dava-lhe uma sensação de mulher de verdade e, dirigindo-se ao seu companheiro, disse-lhe: «Rodrigo, para quem pensa que eu sou lésbica, está muito enganado, porque amor só faço com a pessoa que verdadeiramente amo e essa pessoa és e serás sempre tu, meu irmão. Mas também te peço, por favor nunca me traias com outra mulher, nem que seja a nossa irmã Matilde, ou com alguma das empregas ou quaisquer outras. Seremos um do outro até à morte, afinal, as sensações, os sentimentos os prazeres que temos um com o outro, até serão bem melhores, do que se estivermos com diferentes pessoas, porque, pelo menos, temos a certeza que nos amamos profunda e verdadeiramente. Ora se temos em casa tudo o que há de melhor na vida, para quê procurar noutro lado?»
O irmão de Mariana, ficou um pouco pensativo, mas acabou por responder à sua irmã e companheira de sexo: «Mariana, eu também estou muito feliz e concordo com tudo o que disseste. É verdade que entre nós não há segredos, nem traições, a nossa felicidade é pura, porque estamos verdadeiramente apaixonados. Não temos que seguir as regras da sociedade, ou da ciência. Não somos animais irracionais: que se acasalam pais com filhas; irmãos com irmãs; e vice-versa. Os animais têm as suas relações por instinto e necessidade de preservação da sua própria espécie. O facto de terem sangue idêntico não lhes provoca quaisquer deficiências. A diferença é que sendo nós animais, somos racionais, inteligentes e responsáveis. Temos sentimentos e experimentámos os prazeres do ato sexual, com semelhante intensidade, por isso minha irmã querida, para além de irmãos, somos amantes, marido e mulher, temos o direito de escolher o nosso par para a vida. Eu já escolhi a mulher que quero ter comigo para sempre, e essa linda senhora és tu, meu amor».
Depois desta conversa e de um belo banho, Rodrigo e Mariana saem do quarto para o restaurante do hotel, onde tomam a primeira refeição naquelas circunstâncias. Seguidamente vão até ao bar, pedem duas bebidas digestivas e, simultaneamente, estimulantes. Dirigem-se para os jardins circundantes e, num local bem discreto, sentam-se num banco, no qual e ali
mesmo, dão início a mais uma “sessão” de afetos: beijos bem no interior das bocas, línguas rijas e escorregadias, corpos trémulos e suores abrasadores.
Era difícil para eles, aguentar mais tempo sem levarem as carícias até ao limite, por isso, rapidamente regressam ao quarto e, uma vez mais no mesmo dia, tudo recomeça com o mesmo vigor da primeira vez, com os mesmos resultados de êxtase, com a felicidade estampada nos rostos, sem quaisquer reações de arrependimento, porque os dois sabiam que, o que existia entre eles, era condenado pela sociedade, bem como pela ciência, e tinha um nome: “incesto”. Apesar disso, eles amavam-se e, nesse dia, nem sequer se preveniram com qualquer tipo de proteção, contra uma mais que possível gravidez de Mariana.
As férias caminhavam para o fim. Rodrigo e Mariana, visitavam os pontos mais importantes da ilha, normalmente da parte da tarde, porque ficavam no quarto até próximo da hora de almoço. Conversando, rindo, acariciando-se com muita frequência e quase sempre, até ao limite do ato que lhes dava a satisfação final: o prazer do ato sexual.
Chegou o dia do regresso e Mariana era uma mulher totalmente diferente, do início destas férias inesquecíveis. Nos seus vinte e sete anos, dir-se-ia que era uma mulher que chamava a atenção: quer pelo seu porte altivo; quer pela beleza do seu rosto, de pele acetinada, cabelos e olhos castanhos; boca com lábios cheios e quase sempre entreabertos, como que a pedir que a beijassem; um busto saliente, numa cintura fina e uma anca a condizer com o peito. Enfim, a mulher que muitos desejavam, mas que só um a possuía por inteiro: o seu próprio irmão, mais velho do que ela três anos, Rodrigo.
Chegados à “Quinta das Rosas”, avós, pais, os outros irmãos e até as empregadas, queriam saber como decorreram as férias? Se com eles estava tudo bem? Ambos os apaixonados responderam que foram umas férias maravilhosas, como nunca tinham tido na vida, que ficaram a conhecer a ilha de ponta a ponta, que estavam muito felizes por serem dois irmãos tão “amigos”. Todos ficaram visivelmente contentes e, aparentemente, de nada desconfiavam, regressando a vida da “Quinta das Rosas”, à normalidade de sempre.
Entretanto, um acontecimento trágico acontece na família. Os avós de Rodrigo e Mariana, numa viagem que realizavam ao Hospital, conduzidos por um taxista, tiveram um acidente aparatoso, porque a viatura em que seguiam foi abalroada por um camião de longo curso, “esmagando” os três ocupantes: motorista, Barnabé e Gertrudes, que faleceram de imediato, no local do acidente. A consternação na família, e na aldeia foi geral, porque eram duas pessoas muito respeitadas, que provocavam grande simpatia entre a população.
Entrementes, quando ocorreu o acidente, que vitimou os avós de Mariana e Rodrigo, os outros dois irmãos, Lucas e Matilde, envolveram-se num debate muito assertivo, a propósito dos outros dois manos, tendo, a certa altura, Matilde afirmado o seguinte: «Lucas, não achas a nossa
irmã Mariana bastante estranha, muito sorridente, bem-disposta, apesar dos avós terem falecido há tão pouco tempo? Além disso, ela está a ficar com a pele da cara com algumas manchas, parecem bocados de pano! Isso terá algum significado? Deus me perdoe, mas haverá algo de anormal entre ela e o nosso irmão Rodrigo? Eu nunca os vi namorar, todavia, eles andam sempre muito juntos e aquelas férias que os dois foram passar sozinhos, parece-me muito pouco normal!»
O irmão Lucas, ficou durante algum tempo pensativo, mas respondeu à irmã: «Matilde, eu não quero pensar que entre os nossos dois irmãos exista alguma relação censurável, contudo, se tal é verdade, é porque eles gostam muito um do outro, aliás, até evidencia que somos uma família, na qual todos estamos de bem uns com os outros, que nos amamos. Ainda temos os pais vivos e relativamente novos, que nos conseguem orientar em alguma dúvida que possamos ter. Se achares bem, até seria bom recebermos alguns esclarecimentos por parte deles, porque sempre sabem mais da vida do que nós.»
Entretanto, Rodrigo e Mariana, continuavam com as relações amorosas, agora em casa: ora no quarto vazio dos avós falecidos; ou no quarto de um dos dois irmãos, principalmente quando os restantes familiares não estavam em casa e andavam pela quinta. Um dia, Mariana disse a Rodrigo: «Meu irmão, meu amor querido, desconfio que estou grávida, porque cada vez tenho mais enjoos, vomito com frequência e sinto nojo de certas comidas. Olha o melhor é ir ao médico, tu levas-me no teu carro e dizemos que vamos até à praia dar uma volta!»
Rodrigo não ficou nada admirado. Ele sabia muito bem que, ao não tomarem as precauções devidas, nas relações sexuais que vinham tendo um com o outro, mais cedo ou mais tarde, a gravidez apareceria, facto que em nada alterou o comportamento dos dois. Foi marcada a consulta de genecologia e feitos os respetivos exames clínicos, comprovando-se que, realmente, Mariana estava grávida de dois meses.
Rodrigo e Mariana, tomaram, então, uma decisão arrojada. Mariana dirige-se ao irmão e disse-lhe: «Meu querido irmão e futuro pai do nosso filho. Eu quero ter esse filho, fruto do nosso amor e os dois vamos assumir isso como um segredo nosso. Eu direi que fui violada, quando regressava do trabalho, num dia em que sai mais tarde e, ao passar no bosque, duas pessoas encapuzadas me agarraram, colocaram-me um lenço no nariz, que exalava um cheiro esquisito e desmaiei.
Quando recuperei a consciência, vi que as minhas calcinhas estavam próximo de mim, sem quaisquer manchas, apesar de eu ter sangrado pelo órgão sexual. Terei sido violada, sem saber por quem. Ainda assim apresentei queixa na Polícia. Fui conduzida ao Hospital para perícias médicas e mandaram-me para casa, pois iria ser desencadeada uma investigação à
ocorrência participada por mim. Creio que fiz tudo direitinho e assim protegi-te a ti, a mim, ao nosso filho e ao grande amor que nos une. Que pensas desta minha estratégia?»
Rodrigo olhou para a sua irmã adorada, sorriu e, rapidamente, dá-lhe um beijo na testa dizendo-lhe: «Mariana, és uma irmã maravilhosa, uma “esposa” deliciosa” e uma futura mãe que, presumo eu, dará ao nosso filho todo o amor e carinho que ele merecerá, porque é fruto de uma paixão muito linda, de um segredo nosso. Sim, concordo com a tua estratégia e vamos contar essa tua história aos nossos pais e irmãos, pedindo-lhes para não entrarem em pormenores com as empregadas nem com mais ninguém.»
A mãe de Mariana, vendo a filha a “sofrer” com os enjoos, os vómitos e a não querer comer certos alimentos, desconfiou que algo estava a acontecer, por isso, um dia à tarde, estando as duas sozinhas, perguntou-lhe: «Minha filha, o que está acontecendo contigo? Essas reações que tu tens vindo a demonstrar, no meu tempo eram próprias das mulheres que estavam grávidas! Se é verdade, se já fizeste exames e deu resultado positivo, diz-me então quem é o pai do nosso neto ou neta?»
Mariana olhou de frente para a mãe, sem pestanejar e com toda firmeza relatou à mãe o que já tinha combinado com o seu irmão Rodrigo. A mãe de Mariana estava conformada por um lado e, simultaneamente, até deu a sensação que teria ficado feliz, afinal dos quatro filhos que tinha, ainda nenhum se tinha casado, e muito menos dar-lhe netos.
Francisca disse, então, à sua filha: «Mariana, vamos todos ajudar-te nesta tua caminhada. Fizeste muito bem em não quereres abortar, porque a criança que está no teu ventre, não tem culpa do que te aconteceu e, além disso, sabes que aqui na nossa aldeia ninguém defende o aborto. Esta situação fica na família e se alguém perguntar algo sobre a tua gravidez, não entras em pormenores. Ficamos todos responsáveis pela tua proteção e da criança que trazes no teu ventre»
Matilde e Lucas, souberam da situação da irmã, através dela própria e também da mãe. E se por um lado, não esconderam a revolta; por outro, manifestaram-se muito felizes, finalmente, iriam ter um sobrinho ou sobrinha e, até parece que ficaram com alguma pontinha de inveja, porque ela, a Matilde, gostaria de casar e ter filhos, mas ainda não tinha encontrado o amor da sua vida.
Matilde, reconhecia que gostava muito do seu irmão Lucas e pensou num projeto com o irmão. Lucas, apercebeu-se que a sua irmã Matilde o admirava muito, que o elogiava com bastante frequência e que, sempre que podia, o beijava na cara, dizendo-lhe: «Lucas, sabes que és o meu irmão preferido e tenho muita pena que sejas meu irmão, porque se não o fosses, era eu que tudo faria para te conquistar». Lucas ficou surpreendido com esta espécie de declaração de amor da irmã, o que em nada lhe desagradou, pelo contrário, ficou muito feliz
e, como nunca tinha namorado, nem vivenciado os prazeres de alguma experiência sexual, pensou que talvez fosse possível uma relação íntima com a irmã, por isso aguardou uma oportunidade para conversar com ela.
Essa oportunidade chegou no dia em que ambos foram a uma romaria, que se realizava todos os anos, próximo da aldeia onde viviam. No regresso a casa, passaram pelo mesmo bosque, já conhecido pelos outros dois irmãos, Rodrigo e Mariana e, relativamente, cansados sentaram-se no tronco de uma árvore caída. Nesse local, Matilde retomou o tema que já tinha conversado com o irmão.
Lucas, com vinte e cinco anos, Matilde, com vinte e dois anos, de facto nunca se tinham apaixonado, e confessaram que desconheciam qualquer experiência nesse sentido. Matilde, “agarrou” a ocasião soberana, para se declarar ao próprio irmão, ao qual se dirigiu, um pouco envergonhada, mas decidida a manifestar-lhe os seus sentimentos: «Lucas, eu nunca te quis dizer, por vergonha, mas está a tornar-se difícil, não te divulgar um segredo. Eu não gostaria de casar com alguém fora da nossa família mais restrita. A nossa idade vai avançando, apesar de ainda sermos novos, mas penso que está no tempo certo, para sabermos o que é a “vida”. Estou apaixonada por ti. Não quero nenhum outro homem na minha existência. Sei que somos irmãos, mas não é proibido que dois irmãos se amem, tenham relações íntimas e, se possível, filhos».
Lucas também gostava muito desta irmã. Para ele era ainda uma jovem, contudo, de rara beleza, ligeiramente morena, cabelos loiros e olhos azuis. Não seria uma mulher muito abonada de peito, mas tinha o suficiente, pensava ele. A irmã Matilde, seria a mulher que o faria feliz, por isso tinha o dever de lhe dizer o que pensava sobre a proposta dela: «Matilde, és minha irmã, ambos sabemos que a sociedade, por razões que nós desconhecemos, condena, e até se afasta de irmãos que se relacionam intimamente. Isso não me preocupa nada, porque eu sempre te amei, primeiro como irmã, ainda menina e jovem, agora, como mulher adulta. Sim, quero ser o teu marido, quero continuar a amar-te, mas agora com tudo a que nós os dois temos direito, tal como se de um matrimónio se tratasse».
Feitos estes depoimentos de amor e ainda sentados, abraçaram-se fortemente, depois Lucas deu um prolongado beijo na testa da irmã e esta correspondeu-lhe, mas já com um beijo na face e depois na boca. Lucas imediatamente lhe retribuiu, assim permaneceram longo tempo.
Depois ele perguntou à irmã: «Matilde, posso beijar o teu peito, só durante alguns segundos?» Ela abriu a blusa e pôs bem visível e acessível o peito esquerdo que Lucas beijou, primeiro na base, depois no próprio mamilo, sugando levemente, para não magoar. Matilde estava extasiada, tal como o seu irmão. Tentaram ir mais além, nestes afetos, mas não foi possível porque era um local utilizado por pessoas que se dirigiam para outras lugares.
Naquele dia, os dois irmãos nada mais puderam fazer, porque a família e as empregadas já tinham recolhido para o interior da habitação para a refeição da noite e, no final, após tudo estar arrumado, cada um dirigiu-se para o seu quarto. Matilde viu sua irmã Mariana entrar no quarto dela e logo atrás o seu irmão Rodrigo, fechando a porta por dentro.
Lucas, fez um sinal à sua irmã Matilde para fazer o mesmo, a qual se dirigiu ao seu quarto, piscando o olho, para Lucas entrar imediatamente. Fecharam a porta com a chave, do lado de dentro e, já no quarto, falavam muito baixinho, quase sussurrando aos ouvidos um do outro. Foram para a casa de banho lavarem-se e deitaram-se completamente nus.
Lucas perguntou a Matilde: «Minha doce irmã e meu querido amor, estás pronta para a nossa primeira noite de intimidade? Matilde sorriu, deitou-se na posição que pensava ser a mais correta, aguardou que seu irmão a acariciasse até a levar ao desejo incontido da relação amorosa, o que viria a acontecer de imediato.
No dia seguinte, durante o café da manhã, parecia que os quatro irmãos tinham visto o “passarinho amarelo”, tal era a luminosidade que irradiava dos seus rostos. Miguel, pai dos quatro irmãos ainda lhes perguntou: «Tiveram sonhos cor de rosa ou saiu-vos a sorte grande?» Rodrigo respondeu ao seu pai: «Pai, sou o homem mais feliz do mundo, por fazer parte de uma família tão maravilhosa como a nossa. Dentro dos quatro muros da quinta, tudo nos pertence, somos um todo único e indivisível. Que mais poderemos querer?»
Lucas e Matilde continuavam amorosamente unidos. As relações entre ambos, intensificavam-se, mas eles, ao contrário da irmã Mariana, não desejavam ter filhos, por isso informaram-se como fazer, tendo Matilde sido aconselhada, pela sua médica, a tomar a pilula contracetiva, dando-lhe as instruções que coincidiam com as que constavam do folheto informativo.
Os segredos horripilantes que habitavam a “Quinta das Rosas, eram isso mesmo. A vizinhança, aparentemente, não desconfiava de que naquela família existiam duas situações de “incesto” entre os quatro irmãos. Para estes, sempre se achavam no direito de defender a dileção e paixão que tanto os unia, por isso, entendiam que eram eles que deviam usufruir das delícias do amor parental, e não nenhuma outra pessoa fora da família.
“NÃO, ao ímpeto das armas; SIM, ao diálogo criativo/construtivo. Caminho para a PAZ” https://m.facebook.com/story.php?story_fbid=924397914665568&id=462386200866744
http://nalap.org/Artigos.aspx diamantino.bartolo@gmail.com http://diamantinobartolo.blogspot.com https://www.facebook.com/ermezinda.bartolo https://www.facebook.com/diamantino.bartolo.1
TÍTULO NOBILIÁRQUICO DE COMENDADOR.
CONDECORADO COM A “GRANDE CRUZ DA ORDEM INTERNACIONAL DO MÉRITO DO DESCOBRIDOR DO BRASIL,
Pedro Álvares Cabral” pela Sociedade Brasileira de Heráldica e Humanística http://www.minhodigital.com/news/titulo-nobiliarquico-de
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TÍTULO DE HONRA ACADÉMICA-EDIÇÃO MEMÓRIA CULTURAL. CULTURA LUSÓFONA E BELAS ARTES.
HOMENAGEM A CARLOS CÂMARA (2024) https://www.facebook.com/photo/?fbid=459898799961078&set=a.459897106627914
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PRÉMIO ORGULHO PAULISTA DE LITERATURA. Bienal Internacional do Livro de São Paulo. Outorgado pela Academia de Letras de S. Pedro da Aldeia e Pela Editora Baronesa. 2024 https://www.facebook.com/photo/?fbid=436115989006026&set=a.436111459006479
TÍTULO HONORÍFICO DE EMBAIXADOR INTERNACIONAL, pelos relevantes serviços prestados à Humanidade em defesa da Arte, Cultura, Literatura, jurisprudência e Paz Universal, no parâmetro Nacional e Internacional, outorgado pelo GCPLI/Registro AAVVAMT - Associação de Artistas Visuais do Vale do Araguaia-MT Nº 0006/2023 CNPJ 06.126.108/0001-07. 27 de março de 2024. https://www.facebook.com/photo?fbid=2644990275666701&set=pcb.25596222853367933
TÍTULO HONORÍFICO GRÃO-MESTRE DAS ARTES. O Título de Grão-Mestre das Artes, o mais alto grau em Ordens Honoríficas, ou de mérito, isto é, Título dado a máxima autoridade de uma Ordem, dado pelos méritos ao artista, ou autoridade que possui, poder e conhecimento quase absoluto, sobre sua área de atuação, tendo seu reconhecimento entre os altos membros, nacionais e internacionais, da Confraria que pertence. S. Pedro da Aldeia, 01 de abril de 2024; https://www.facebook.com/photo/?fbid=423183883632570&set=a.422376203713338https%3A%2F%2Fwww.google.pt
EMBAIXADOR CULTURAL, BRASIL-ÁFRICA. Título atribuído pela Academia de Letras de São Pedro da Aldeia – Brasil, em 05.04.2024 https://www.facebook.com/photo/?fbid=266494036528131&set=a.100553403122196
FUNDADOR DO NALLA - NÚCLEO ARTÍSTICO E LITERÁRIO DE LUANDA – ANGOLA. Título atribuído pela Academia de Letras de São Pedro da Aldeia, em 06.04.2024 https://www.facebook.com/photo/?fbid=270751006101665&set=a.1009617430805