SÃO DIVERGENTES

Francisco de Paula Melo Aguiar

São divergentes no que pensam e fazem diferentes para terem existências e luzes próprias.

E são tantos que são incontáveis no senso comum que poucos aparecem no senso científico ou na criticidade social e presentes em todas as culturas existênciais tal qual os "grãos" de areia dos mares, ou semelhante às estrelas do universo, cada qual com luz própria.

Assim o amor a sabedoria é à filosofia do sol de Platão, ao afirmar que "uma vida não questionada não merece ser vivida”, assim sendo cada individuo tem a vida e à morte em si próprio porque a alma não morre.

Por outro lado e em outra visão de mundo e de filosofia, encontramos Aristóteles dizendo de que "o ignorante afirma, o sábio duvida, o sensato reflete”, a procura do mesmo amor a sabedoria em contexto diverso do mundo por ele vivenciado.

E tanto é assim diferente que o filósofo Sêneca, afirma que "o homem que sofre antes de ser necessário, sofre mais que o necessário”, o que vale dizer que o pensamento intruso é a batalha que antecede, assim como medo da realidade humana e suas escolhas. Isto é ansiedade e depressão.

E assim Maquiavel discorda de todos dizendo que

"o primeiro método para estimar a inteligência de um governante é olhar para os homens que tem à sua volta", estes homens são seus ministros, secretários que são os olhos e os ouvidos do administrador ou gestor, portanto, diz com quem tu andas que direi quem és, e isto é fato, ten gentalha de todos os naipes.

E Sócrates não deixa por menos ao afirmar em sua filosofia que “sábio é aquele que conhece os limites da própria ignorância”, isto é algo semelhante ao fato de cortar na própria carne para separar a parte podre para não contaminar ou apodrece-la toda, porque é melhor entrar no reino céu com um olho, um braço, uma perna, portanto, imperfeito, do que em estando "perpeito" ser proibido entrar.

Em outro contexto na visão de Luis Vaz de Camões, assim considerado o pai da língua portuguesa, a última flor do Lácio, originada do latim vulgar ou do senso comum ao afirmar que

“o fraco rei faz fraca a forte gente”, algo bem parecido com a afirmação de que forte é o povo e não o soberano, administrador ou gestor porque não passa de empregado escolhido e pago pelo mesmo povo.

E o filósofo britânico William Shakespeare, fecha as portas do inferno ao dizer que “o Inferno está vazio e todos os demônios estão aqui”, ou seja no meio de nós na situação e oposição como viés de todas as religiosidades e ideologias do bem e do mal.

O filósofo Fiodor Dostoievski não deixa barato que "a maior felicidade é quando a pessoa sabe porque é que é infeliz”, e sabem mesmo porque tudo que se planta colhe com abundância, seja trigo ou joio.

E por analogia as senzalas físicas ou virtuais, Friedrich Nietzsche nos ensina que "as convicções são cárceres. Mais inimigas da verdade do que as próprias mentiras”, porque uma mentira ou fake compartilhado nas redes sociais ou boca à boca vira verdade.

E cai como uma luva o pensamento do filósofo Arthur Schopenhauer ao refletir que "a solidão é a sorte de todos os espíritos excepcionais”, algo parecido como o caso do indivíduo que não se sente satisfeito com o que tem, sempre quer mais para satisfazer sua ansiedade existencial.

E tanto é assim que León Tolstói afirma que "não é possível ser bom pela metade”, ou é bom ou não é.

E cientista Albert Einstein afirma que "duas coisas são infinitas: o universo e a estupidez humana. Mas, em relação ao universo, ainda não tenho certeza absoluta”, o que vale dizer que a humanidade é o grande problema.

Já o filósofo Albert Camus revela que tudo ao dizer: "vou-lhe dizer um grande segredo, meu caro. Não espere o juízo final. Ele realiza-se todos os dias", sim, para quem morre fisicamente falando ou para que não pertence mais ao grupo que pertencia, assim como o rico vira pobre, pois, isto já não te pertence mais.

É o que o filósofo francês Jean-Paul Sartre afirma que "um homem não é outra coisa senão o que faz de si mesmo”, claro, em versos e prosas na marginalidade ou na sociedade que lhe dá visibilidade ou invisibilidade.

E é o que Oscar Wilde em sua filosofia diz que "viver é a coisa mais rara do mundo. A maioria das pessoas apenas existe”, isto porque existir por existir não vale apenas se não for para fazer o bem sem olhar a quem. E é isto que se espera do poder público ou consórcio do povo através dos impostos diretos e indiretos.

Assim é importante a forma visionária de pensar do filósofo Victor Hugo, uma vez que "ser bom é fácil. O difícil é ser justo”, principalmente na distribuição das rendas públicas e da própria justiça, ex-vi as desigualdades sociais e suas políticas públicas de acolhimento via CadÚnico que é usado como aliliciamento eleitoral.

E isto nos faz lembrar Charles Dickens ao afirmar que “uma vaga noção de tudo, e um conhecimento de nada”, isto nos faz lembrar o analfabeto estrutural e funcional que conhecemos de carne, osso e corrupção.

E o filósofo português Fernando Pessoa acrescenta que “a liberdade é a possibilidade do isolamento. Se te é impossível viver só, nasceste escravo”, o que equivale dizer que a felicidade, a dedicação, o sonho e a meta não depende do grupo, depende de quem sabe onde quer se chegar, porque a pobreza não é um câncer que se nasce, cresce e se vive com ele até morrer.

Ressaltamos de que o filósofo René Descartes nos leva a crer de que "não há nada no mundo que esteja melhor repartido do que a razão: todos estão convencidos de que a tem de sobra”, isto mesmo, não há crime perfeito, entre vítima e acusado, ambos afirmam que tem razão, e não é diferente nas lutas e batalhas outras individuais de quem ganhou e de quem perdeu, não falta razão para ninguém.

E o que o filósofo Charles Bukowski afirma que

“não sei quanto às outras pessoas, mas quando me abaixo para colocar os sapatos de manhã, penso, Deus Todo-Poderoso, o que mais agora?”, isto é o que está faltando segundo a vontade de Deus.

Em síntese, tem filósofos para todos os gostos ideológicos ou não, tanto é que o filósofo Mark Twain afirma que "a civilização é uma ilimitada multiplicação de necessidades desnecessárias”, e isto é fato.

FRANCISCO DE PAULA MELO AGUIAR
Enviado por FRANCISCO DE PAULA MELO AGUIAR em 10/11/2024
Reeditado em 10/11/2024
Código do texto: T8194056
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