MÉDICO RADICAL

Contam uma história que em uma cidade não muito grande existia um Médico muito renomado e respeitado pela sua ética e retidão profissional, era uma pessoa de princípios e tratava a todos com grande humanidade. Certa manhã chegou em seu consultório uma mulher já paciente sua de alguns anos, dizendo estar grávida e queixando-se que estava com grandes problemas porque seu marido estava desempregado e em seu lar faltavam as coisas e até a alimentação da família estava prejudicada, porém o médico lembrou-se que a mais ou mesmos sete anos a mesma senhora apareceu ali, falando as mesmas coisas, momento em que ele a acalmou, tratou-a com muito respeito e humanidade e aconselhou que ela se acalmasse que tudo daria certo e assim se sucedeu.

Para surpresa do Doutor a mulher estava em sua frente e inesperadamente lhe faz um pedido, dizia ela: - “Doutor já tenho um filho de sete anos que me dá muito trabalho e despesas, está em idade escolar e nem consigo comprar roupas, calçados e material escolar para ele, não posso ter mais um bebê, quero que o senhor me ajude a tirar essa criança, não quero ter esse filho, não consigo criar dois filhos.”

Diante de tal pedido o Médico ficou estupefato e se viu obrigado a tomar uma decisão, porém jamais iria contra sus princípios e juramento de preservar vidas a todo custo. Lembrou nesse momento do julgamento de Salomão quando teve que decidir qual mulher ficaria com a criança viva uma vez que duas mulheres diziam ser a mãe, neste momento teve uma ideia e disse a mulher que a ajudaria a resolver aquela situação, agendou para que ela retornasse ali após vinte dias mas a condição era que ela trouxesse junto o filho de sete anos.

Após vinte dias lá estava a mulher grávida e seu filho de sete anos, enquanto aguardava para ser atendida despertava a curiosidade de todos pelos motivo da mãe vir se consultar acompanhada do filho, mais alguns minutos de espera e logo ela foi anunciada adentrando o consultório com seu filho de sete anos, o médico muito tranquilamente a atendeu enquanto perguntava se ela realmente queria se livrar de um filho, ao que a mulher respondeu prontamente que sim.

O Doutor começou a relembrar da primeira consulta de vinte dias antes e perguntou a mãe grávida, a senhora lembra que se queixou das despesas do seu filho de sete anos, muito bem, vamos resolver essa situação eu quero ajuda-la, como a senhora já criou por sete anos o primeiro filho e deve ter guardado muitas coisas que ele usou quando bebê até chegar nessa idade de sete anos eu tenho a solução para seu problemas, nesse momento abriu a gaveta e de lá tirou uma seringa grande com um liquido esverdeado e disse para a mulher esse produto é aplicado na veia da criança ela dorme e nada sente é uma morte sem dor, sem sofrimento, a mulher se animou e disse, é isso mesmo que eu quero.

Continuou o Doutor para evitar que a senhora tenha gastos escolares, gastos com roupas e calçados, vamos matar seu filho de sete anos e a senhora pode reutilizar as roupinha dele no bebê quando nascer e até lá pode ser que seu esposo arrume outro emprego, sem contar que a alimentação do bebê que virá será amamentação materna e seus gastos serão reduzidos, na hora que ouviu isso a mulher exclamou: - Doutor o senhor deve estar louco querer matar meu filho de sete anos? Ao que retrucou o Doutor o seu bebê da barriga tem o mesmo direito à vida que o seu primeiro filho teve, a vida deve ser preservada em toda a sua plenitude desde a concepção.

Aquela mulher saiu rapidamente da sala arrastando seu filho pelo braço e foi embora convencida que jamais deveria abortar e não importasse as dificuldades encararia como um desafio a ser vencido. Hoje em dia ela faz as suas consultas de pré-natal com o Doutor e sempre o agradece por ter salvo a vida do seu filho e ter ensinado a ela o real valor da vida e o sentido da crença em um ser maior, Deus.

O Poeta da Solidão
Enviado por O Poeta da Solidão em 09/11/2024
Código do texto: T8192802
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2024. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.