NADA SEI
Francisco de Paula Melo Aguiar
A ignorância é o tema quando não se admite o lógico e o nexo causal.
E ninguém mais do que os sábios e filósofos da antiguidade já tinham tal preocupação em saber o que aceitar e o que ignorar.
Assim sendo, o filósofo Sócrates (470a.C - 399a.C) afirmava que o verdadeiro conhecimento tem inicio a partir do momento em que admite a ignorância, motivo pelo qual ele dizia que "sei que não sei nada", de modo que é pelo diálogo e das perguntas, que se pode acreditar ou aproximar do que aceitamos como verdade.
Por outro lado, o filósofo Platão (427a.C-347a.C), foi discente de Sócrates, que acreditava que o conhecimento vem ou surge do mundo das ideias e dos ideais dos indivíduos. Tanto é assim que em sua obra a República, por exemplo, usa uma caverna, numa tentativa para explicar o mundo físico, que nada mais é do que uma sombra do mundo real, ex-vi o uso da reflexão sobre o raciocínio filosófico.
O filósofo Aristóteles (384a.C-322a.C), foi aluno de Platão, e acreditava que o conhecimento vinha da experiência sensorial e da observação. Ele acreditava que a mente humana podia compreender o mundo através do recolhimento e da análise de dados.
Ressaltamos de que o famoso filósofo francês Descartes (1596-1650) disse que "penso, logo existo". Ele acreditava que o pensamento e a dúvida eram a base fundamental do verdadeiro conhecimento. E segundo o próprio a razão é a ferramenta básica para se alcançar o conhecimento.
Já o filósofo alemão Immanuel Kant (1724-1804) tentou conciliar a razão e a experiência. Isto mesmo ao acreditar que o conhecimento surge quando acontece a interação da mente com o mundo físico e que temos limites para o que podemos saber. Ele disse que existem coisas que a mente humana não consegue compreender plenamente, que são “a coisa em si mesma”.
O filósofo inglês John Locke (1632 1704) acreditava que a mente humana gera um quadro branco ou "tabula rasa" em sua origem, de modo que o conhecimento vem através da experiência sensorial e da interação com o mundo exterior.
O filósofo, diplomata, ensaísta e historiador britânico David Hume(1711-1776) duvidava da possibilidade de alcançar um conhecimento verdadeiro e absoluto. E ele ao nosso vê tem razão, porque todo conhecimento é relativo, porque o conhecimento se baseia na experiência e no hábito, e até porque a mente humana não pode alcançar uma certeza absoluta sobre todas as coisas e simplesmente sobre micropartes das coisas.
Em síntese, cada filósofo e pensador aqui citado tem sua visão de mundo sobre o conhecimento que vem pela razão ou pela experiência, são pontos de vista apebas para abrir novos horizontes que acreditem ou não acreditem na verdade que conhecemos ou não conhecemos.