A Tríade da Existência: Corpo, Alma e Espírito

Somos uma trindade. Três partes que, juntas, nos definem enquanto estamos vivos, cada uma desempenhando seu papel único e vital na sinfonia da nossa existência. O corpo, esse veículo sensível que nos transporta pela vida, é o primeiro a se manifestar. Ele sente as dores, os prazeres, o peso dos dias que passam. Ele nos alerta quando algo não vai bem e, ao mesmo tempo, nos oferece a força para seguir adiante. Mas o corpo, por si só, é apenas uma engrenagem, uma casca que abriga algo muito mais profundo.

É na alma que a vida realmente se desenrola. A alma é o ar que respiramos, o sopro de energia que anima nossos gestos. Ela guarda os sentimentos mais intensos, sejam eles de amor ou de dor, de esperança ou de arrependimento. É na alma que reside o que chamamos de essência. Quando o corpo cansa, a alma continua a vibrar, buscando sentido, cultivando memórias, tecendo laços invisíveis com tudo ao nosso redor.

E então, há o espírito, o mais etéreo dos três. Enquanto o corpo é terreno e a alma é vital, o espírito é transcendental. Ele não se prende a esta dimensão, a este plano físico. Quando o corpo sucumbe e a alma exala seu último suspiro, o espírito, intocado pelas limitações físicas, parte. Ele atravessa fronteiras desconhecidas, porque não está preso ao tempo ou ao espaço.

Na visão espírita, somos uma composição mais complexa: corpo de carne, perispírito e espírito. Há uma continuidade, uma jornada maior que o simples ato de viver e morrer. Mas, independentemente das doutrinas ou crenças que adotamos, há uma verdade fundamental: a responsabilidade sobre nossas escolhas. O mundo está cheio de vozes, guias, doutrinadores que nos mostram caminhos. Mas, no fim, quem decide somos nós. Cada um deve seguir sua própria verdade, seus próprios ideais, desde que respeitemos a vida e o bem-estar dos outros.

No vasto horizonte da liberdade, tudo é permitido, desde que não causemos dano. Porque a vida, essa maravilhosa dança entre corpo, alma e espírito, não pode ser guiada por mãos alheias. Ela pertence a nós.

Sandro Almeida
Enviado por Sandro Almeida em 19/10/2024
Código do texto: T8177436
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