Sacada

Os dias passam e o que parece imutável e igual, está sob minha perspectiva. Olho a mesma paisagem de ontem, de antes, de quando eu nem existia, ela esteve ali o tempo todo. Já foi maior, mais vasta, mais exuberante.

 

Interessante que meus olhos não a percebe alterada de ontem para hoje, sobretudo, o canto dos pássaros.

Se repetem em sinfonias de harmonias  celestiais, assim mesmo, como os tais cânticos celestes, se os há.

Misturam-se aos sons dos coletivos que, lotados, transportam os alunos e  trabalhadores de toda manhã. 

Numa manhã assim, é comum ver alguém cuidando de seu jardim.

É a vida seguindo seu trajeto. Quem, por algum motivo, não acompanhar essa aparente passividade e imutabilidade, há de sentir bem mais desacelerado seu dia-a-dia.

Não precisa correr, mas, parado também não se vai a lugar algum.