O Refúgio Familiar e a Segurança Afetiva

Final de expediente no trabalho, um dia hiper quente, agravado pelas queimadas criminosas que assolam o país. Na ânsia de chegar em casa e descansar, ligo para minha mãe e peço que prepare minha comida predileta: estrogonofe.

Chego em casa e não apenas janto, mas tenho um momento de puro contentamento. A calmaria do lar, a mesa posta, diálogo com minha mãe sobre o seu dia, degustando uma comida maravilhosa, especial por ser feita por suas mãos. Um sabor que foge do habitual, que eu ingeri durante toda a semana. Depois, levo-a para a cama e faço uma massagem para aliviar o cansaço do dia quente.

Vivências como essas me mostram como a família desempenha um papel crucial no desenvolvimento emocional das pessoas. A família contribui para a formação de uma base emocional sólida em nossas vidas.

A afetividade dentro da família é essencial para o desenvolvimento saudável. A presença de amor, carinho e apoio emocional proporciona um ambiente seguro onde os membros familiares podem expressar suas emoções e enfrentar desafios. A ausência de afetividade, por outro lado, pode levar a problemas emocionais e comportamentais.

Viver os afetos é um princípio fundamental que fortalece os laços familiares e promove a segurança emocional. Esse suporte emocional é fundamental como uma espécie de oásis no caótico mundo: é um seguro refúgio o lar, pois sempre sabemos que podemos retornar para lá diante de qualquer problema e seremos acolhidos.

Conhecendo e vendo tantos adultos desajustados ou infelizes porque tiveram ou têm uma relação familiar destroçada, é nítido entender que esta instituição é um elemento central na construção da segurança afetiva. Desde as primeiras interações na infância até as dinâmicas complexas na vida adulta, ela oferece um suporte emocional indispensável.

E a família podemos construir com os pais biológicos ou não, com pessoas de íntimo convívio sem ligação de sangue ou compor um novo grupo familiar com a pessoa amada. Pode ser entre héteros, casais homossexuais, filhos adotivos, todas são formas válidas. O fundamental é a família como porto seguro, como segurança para uma vida feliz e confortável.

27.09.2024

Dennis de Oliveira Santos
Enviado por Dennis de Oliveira Santos em 28/09/2024
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