- Saudades e nostalgias.

 

- Crônica - Nostalgia e Saudade na Chácara da Oma

 

Na quietude da Chácara da Oma, em Joinville, os ventos sussurram memórias que o tempo parece não apagar. São lembranças guardadas nas paredes da casa, nas árvores frondosas e nos jardins bem cuidados, onde cada flor desabrocha com uma história. É ali, nesse cenário de serenidade, que a saudade e a nostalgia se entrelaçam, dançando uma valsa melancólica no coração daqueles que sabem o valor do passado.

 

A saudade é uma companheira constante, aquela presença invisível que, mesmo em dias de sol, traz uma sombra de ausência. Ela vem sem aviso, provocando o desejo de reviver momentos e abraçar de novo o que ficou para trás. Porém, a saudade não é apenas tristeza; é também um tributo silencioso ao que foi belo e significativo.

 

Já a nostalgia é mais profunda. Ela carrega o peso dos dias que se foram e a sensação de que o presente não é suficiente para saciar a alma. É como se cada experiência vivida estivesse impregnada de um certo brilho que, ao olhar para trás, parece maior do que realmente foi. Nostalgia é o abraço apertado da saudade, um reflexo ampliado do que já não está ao alcance das mãos.

 

Na Chácara da Oma, a nostalgia surge nos detalhes. Na água cristalina da montanha, nos pássaros que cantam sem pressa, nas abelhas sem ferrão que zumbem ao redor das flores. Tudo ali parece sussurrar histórias do passado, ecoando um tempo onde os risos eram mais constantes e a felicidade mais simples.

 

Sentimos saudade de um tempo onde a vida parecia mais autêntica. Vivemos a nostalgia de querer voltar, mesmo sabendo que não podemos. A saudade é a fagulha, e a nostalgia, o fogo que arde silenciosamente dentro de nós, aquecendo e, ao mesmo tempo, trazendo a leve dor do que não mais é.

 

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Trovas (Rimas ABAB)

 

1.

 

Saudade vem sem avisar,

Como brisa no final do dia.

É lágrima que ao chão vai rolar,

E a alma, de dor, se alivia.

 

2.

 

Nostalgia é o peito a arder,

Com memórias de outrora.

É querer o tempo deter,

E viver o ontem, agora.

 

3.

 

Na Chácara o vento murmura,

Histórias do tempo passado.

A natureza nos segura,

No abraço de um sonho alado.

 

4.

 

Saudade é um pássaro a voar,

Levando a paz para longe.

Nos faz, às vezes, chorar,

Em noites que o sono foge.

 

5.

 

A nostalgia é uma dança,

Que os corações bailam no ar.

É um sonho, uma lembrança,

Que insiste em nos abraçar.

 

6.

 

Nas flores o tempo repousa,

Com saudade do que ficou.

A natureza sempre ousa,

Revivendo o que o vento levou.

 

7.

 

O passado é sempre um jardim,

Onde a saudade se perde.

E no presente, enfim,

A nostalgia floresce e ferve.

 

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Resumo dos Tópicos:

 

1. A Chácara da Oma como cenário para sentimentos de saudade e nostalgia.

 

2. A saudade como uma sensação constante, que evoca memórias e ausências.

 

3. Nostalgia sendo mais profunda, trazendo um desejo de reviver o passado.

 

4. Na Chácara, os detalhes da natureza reforçam esses sentimentos.

 

5. A saudade é o desejo de reviver momentos, enquanto a nostalgia amplia a importância do passado.

 

6. Trovas sobre saudade e nostalgia, refletindo as emoções sentidas no local.

 

7. A convivência da saudade e da nostalgia na vida cotidiana, especialmente em ambientes que remetem ao passado.

 

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Conclusão:

 

Saudade e nostalgia são mais que simples sentimentos; são pontes que nos ligam ao passado e nos fazem valorizar o presente. Na Chácara da Oma, esses sentimentos florescem com naturalidade, lembrando-nos que as memórias, ainda que dolorosas, são parte da riqueza da vida. A saudade alimenta a alma com o que já foi vivido, enquanto a nostalgia nos ensina a apreciar, com serenidade, o que permanece em nosso coração. Ambas nos fazem mais humanos, convidando-nos a viver plenamente, mesmo sabendo que o tempo nunca volta.