Um dedo de prosa com sigo mesmo
Sala vazia esparramado no sofá olhando oras o quadro da Mona lisa, com a mesma medida do tempo vislumbrava o da Santa Ceia ambos pendurados na parede. Nesse campus fértil da imaginação ouvia os gritos que vinham do seu interior procurava ouvi-los e por si só realizava um julgamento procurando ser bem imparcial. Momento sentava no banco do réu, depois das delongas vestia-se a capa da defensoria e assim ocorria o monólogo. Pediu um tempo, deu um stop para tomar um cafezinho com biscoito afinal o relógio deu catorze badalos, tá na hora da merenda olhava aquelas molduras e não deixava de mergulhar nas ondas atuais de sua vida que muitos o chamavam de estressado por natureza. Depois dessa lavagem de roupa suja, outras nem tantos mas com toque de um "amaciante e um ferro de passar” aparado as arestas sentiu mais leve e procurou vestir uma roupa esporte, calçou o tênis foi dar um corrida como fazia calor levou sua garrafinha de água, a pista que contornava o bosque municipal era seu destino, sentia uma leveza como uma pena plainando numa brisa ao amanhecer depois daquela sessão de seu divã da sala vazia.