Um dedo de prosa com sigo mesmo

Sala vazia esparramado no sofá olhando oras o quadro da Mona lisa, com a mesma medida do tempo vislumbrava o da Santa Ceia ambos pendurados na parede. Nesse campus fértil da imaginação ouvia os gritos que vinham do seu interior procurava ouvi-los e por si só realizava um julgamento procurando ser bem imparcial. Momento sentava no banco do réu, depois das delongas vestia-se a capa da defensoria e assim ocorria o monólogo. Pediu um tempo, deu um stop para tomar um cafezinho com biscoito afinal o relógio deu catorze badalos, tá na hora da merenda olhava aquelas molduras e não deixava de mergulhar nas ondas atuais de sua vida que muitos o chamavam de estressado por natureza. Depois dessa lavagem de roupa suja, outras nem tantos mas com toque de um "amaciante e um ferro de passar” aparado as arestas sentiu mais leve e procurou vestir uma roupa esporte, calçou o tênis foi dar um corrida como fazia calor levou sua garrafinha de água, a pista que contornava o bosque municipal era seu destino, sentia uma leveza como uma pena plainando numa brisa ao amanhecer depois daquela sessão de seu divã da sala vazia.

Jova
Enviado por Jova em 13/09/2024
Reeditado em 13/09/2024
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