Uma vez mais
Há tempo não via um velho amigo e foi difícil reconhecê-lo. Na verdade precisei 're-conhecê-lo', ou seja, conhecê-lo novamente.
Não que ele tivesse mudado. Não, não mudou nada! Quem mudou fui eu - o meu olhar, percepções e valores não são mais os mesmos.
Assim é a cada ano, ao encontrar a Criança na manjedoura. Revejo a mesma cena; releio a mesma história; "reouço" as mesmas canções. 'Reconheço' o quanto ainda sou impaciente e resmungona, ingrata e mesquinha. 'Reconheço' a riqueza da amizade, da família, da saúde, da Paz.
'Reconheço' que o Amor ainda é o bem Supremo e que desejar um "feliz natal" é 'reconhecer' que existe a possibilidade da gente ser feliz no menos e no menor, na simplicidade e na humildade. Que por traz dos votos clichês, das infindáveis confraternizações e dos desgastantes amigos secretos e lembrancinhas de última hora, não queremos ficar de fora, desejamos, sim, fazer parte do todo e esse Todo é maior que todos nós.
Muito prazer em revê-los: palha, pastores, estrela, anjos, árvore, sinos, velas, panetone, pisca-piscas, ovelhas, camelos, renas, etc..... todos vocês, trazem a mesma mensagem pra mim: "Paz na Terra aos homens a quem Deus quer bem!".
Não é gostoso pensar que Ele também, ano após ano, dia após dia, nos re-conhece?