LUZES DE NATAL
Sinto enorme fascínio pelas luzes de Natal. A data em si, a festa do Nascimento de Cristo já é uma efeméride digna de muita comemoração e brilho e as luzes e pisca-piscas dão a ela ainda mais beleza e alegria.
Graças aos chineses, que nem são católicos, temos esse recurso à mão. Espertos esses orientais que fabricam e vendem para todo o mundo as luzinhas brancas, amarelas, coloridas, hoje de Led, para ornamentar árvores, casas, lojas e tudo o mais que você imaginar. É um produto vendido em profusão no mercado. Desbancou outros enfeites. Porém, dura tão pouco que quase todo ano temos que substituí-lo. Excelente é o marketing, sendo tão frágeis suas lâmpadas, temos que descartá-las logo e comprar outras. Não são feitas para durar. E assim alimentam o comércio e geram ganhos o tempo todo. É verdade! São baratas, porém os fabricantes auferem lucros através da escala de vendas.
Já decorei minha árvore. Arranjei o presépio e todos os enfeites. As luzinhas estão lá, devidamente colocadas, acendendo e apagando nestas noites que precedem o Natal. Oxalá não queimem antes do grande evento.
Saudade tenho dos modestos pinheirinhos de minha infância. Naturais, plantados em uma lata com terra, coberta por papel colorido para esconder sua nada nobre procedência. Havia parcos enfeites, guirlandas feitas em casa, pinhas de pinus colhidas no quintal e frágeis bolas coloridas importadas da antiga Checoslováquia que eram o supra sumo da sofisticação. Mamãe nem deixava que as manuseássemos de tão caras e frágeis que eram. Encantador aos nossos olhos infantis era o presépio que todo ano saia do alto do armário para decorar a base da árvore...
Entretanto, o mais importante mesmo era o motivo da festa, o Nascimento de Cristo, que nos era ensinado com fé e reverência.
Papai Noel não vinha à nossa casa.