O MELHOR DO NATAL

Na antigüidade, ao completar mais um ano de vida, o aniversariante preparava uma festa e recebia os convidados dando algo a cada um. O donativo fazia-se em gratidão à presença do convidado, que honrava o aniversariante vindo para congratular-se com o ele e sua família. Uma pessoa muito querida demonstrava gratidão pela afeição dos amigos doando algo a cada um que atendia a seu convite e, porque a doação fazia-se unicamente aos presentes, os artigos doados passaram para a história conhecidos como presentes.

Ora. Uma festa de aniversário é uma festa de natal, pois na ocasião se comemora a hora natalina do aniversariante. Logo, se na antiguidade o aniversariante dava os presentes é porque reconhecia o próprio nascimento e o ter vivido mais um ano como o presente de maior valor. Como de graça tinha recebido esse bem, queria compartilhá-lo com seus amigos, o que fazia dando-lhes também presentes.

O nascimento de Jesus não é meramente o Seu nascimento, mas o renascimento de toda a humanidade. É certo que quando Ele nasceu, nascemos novamente com Ele, pois, ao nascer, Ele abriu caminho para Sua própria morte, apesar de não ter pecados, mas em punição aos nossos pecados. E ao ressuscitar, Ele adquiriu autoridade para ressuscitar também aos seres humanos, fazendo que cada um pudesse retornar da morte individual.

Desde o Éden, quando nossos pais pecaram, a humanidade perdeu a capacidade de se manter viva, pois os indivíduos fecharam a mente para a forma correta de viver quando passaram a fazer a sua própria vontade. Passou-se a desconsiderar os prejuízos à saúde que hábitos e práticas incoerentes trariam. Homens e mulheres viciaram-se em tolerar os próprios erros quanto aos cuidados da mente e do corpo para permitir a si mesmos prazeres momentâneos, como o ingerir alimentos prejudiciais, bebidas alcoólicas, trabalhar demais, depravação sexual, cobiça, roubo, rixa, rancor, etc., debilitando o corpo e as relações sociais e ambientais. Então debilitado, o corpo não mais dava conta de repor o total de células mortas, culminando na falência dos órgãos e a inevitável morte dos indivíduos. Daí para frente, os indivíduos foram morrendo cada vez mais rápido, chegando a ponto de não mais conseguirmos nos reproduzir, nem viver por muito mais tempo, desaparecendo então, que é o caos exterminante do qual estamos às portas. Esta seria a segunda morte – a morte exterminante, o fim da humanidade e seu ciclo de nascimento e morte, pois ninguém mais nasceria.

Ao morrer, Jesus Cristo nos salvou da condenação desta morte (a morte exterminante iminente), pois faz (aos que obedecem seus preceitos) que cessemos (na terra, parcialmente) as atitudes degenerativas e nos levará em breve para um lugar onde estaremos livres da deturpação, nos habilitando a viver de forma coerente. Por ter ressuscitado, Ele pode e nos fará retroceder da morte individual, no Dia do Juízo Final, quando virá e levará a todos os que O aceitaram para esse lugar, onde será mais fácil viver de forma a não agredir a mente e o corpo, onde também não se sofrerá os efeitos da desobediência dos outros, que é respirar o ar que poluem, beber a água que contaminam, comer os alimentos que eles tornam impuros e absorver as filosofias que eles deturpam.

Assim, quando Jesus nasceu, não nasceu apenas Ele, mas renasceu a humanidade, porque em Seu nascimento tinha início nossa segunda oportunidade. Naturalmente que se desde o início Cristo já não se tivesse proposto a morrer a morte punitiva e exterminativa que ao ser humano cabia morrer por termos pecado, nenhum humano poderia ter nascido após o pecado de Adão e Eva, pois já nasceria condenado ao extermínio. Todavia, não nascemos condenados ao extermínio, mas podemos estar dando início ao viver eternamente, embora caminhamos para o extermínio, pois, apesar de que caminhamos momentaneamente para o extermínio, temos a chance de, quando quisermos, lançar mão do presente de Natal que Jesus nos dispõe – Seu próprio nascimento, morte e ressurreição, e fazer desse presente o melhor do Natal, uma data natalina verdadeiramente feliz. E esse presente Ele ofertou e oferta de graça a todos os presentes, respectivamente os que viveram e vivem na terra. Pelo que podemos comemorar nosso próprio renascimento, início da nossa própria vida eterna, como a que Jesus vive hoje com Seu Pai, juntamente com Ele e o Pai, o nosso Pai.

Wilson Amaral

Wilson do Amaral Escritor
Enviado por Wilson do Amaral Escritor em 05/12/2007
Reeditado em 05/12/2007
Código do texto: T765539