Chegou natal
O mundo está disperso. Cada um com sua crença, com sua visão de mundo. Com seus problemas. Com suas soluções. A vida não é justa sempre. Muitos não vão comer o chester, o tender. A maioria não vai cear da maneira correta. A maioria vai beber até cair. Alguns vão chorar. Alguns vão sorrir. Alguns ainda vão dizer adeus. Vão desistir.
Mas nessa data temos um sentimento confuso. Temos pensamentos inacabados e realizações ainda por fazer. O natal é surreal. A lembrança de filmes como Esqueceram de Mim, um conto de natal, ou mesmo o nascimento do menino Jesus que numa manjedoura nos fazia pensar em papai noel, presentes. Em discursos lindos de nossos pais. Na alegria de ver tios e primos reunidos ao redor da mesa. Das trocas de presentes.
Tudo se perdeu e pode se encontrar novamente em novos acontecimentos, em novos nascimentos. Em almas perdidas que querem paz. Precisamos de justiça social. De trabalho, de acolhimento. O que podemos dar é maior do que podemos compreender. O mundo jaz no mal.
Nas praças da minha cidade, o natal se perdeu no pai de familia morto em um latrocínio, num morador de rua triste em penumbra sem ter um lar. No mundo onde o dinheiro controla quem você pode amar. Quem vai lhe amar.
Na dura realidade da vida que nos ensina que sempre estamos sozinhos.