INTOLERÂNCIA RELIGIOSA
Não consigo precisar o ano mas foi no início da década de 1990. Um parente bem próximo, que havia mudado para os Estados Unidos a fim de morar e trabalhar, nos convidou, meu marido e eu, para passarmos o Natal e o Ano Novo com ele, a mulher e três crianças. Havia alugado um apartamento em cidadezinha próxima a Fort Lauderdale.
Morava em um condomínio de classe média, bonito como a maioria das habitações coletivas da região. Um conjunto de prédios de dois andares com dez apartamentos por unidade, bem separados uns dos outros, em terreno amplo, com jardins, piscinas, áreas de lazer e grandes estacionamentos. Eram cinco prédios, dando um total de 50 famílias morando no local. Sem muros altos, sem grades, sem seguranças armados. Muito seguro.
Os apartamentos eram confortáveis, com grandes janelas envidraçadas e varandas. Enfim, um lugar muito agradável.
Saíamos para caminhar nas arborizadas ruas adjacentes onde encontrávamos pouco tráfego de veículos, pessoas praticando corrida ou passeando com seu cão.
Quando se aproximou o dia de Natal, algumas moradoras enfeitaram uma árvore no hall do prédio onde estávamos, que não tinha porteiro, cada morador possuía sua chave. Em uma pequena mesa dispuseram um bonito presépio adornado com pinhas de pinus e galhos de azevinho.
Senhoras da comunidade judaica colocaram no canto oposto, sobre uma mesa com toalha de renda, um Menorah, importante símbolo religioso de sua fé. A festa do Chanukah coincidia com as datas da festa católica.
Na véspera de Natal, nos levantamos muito cedo para fazer um passeio. Quando passamos pela portaria, ficamos chocados ao ver o Menorah retorcido, bastante danificado. Alguém havia tentado destruí-lo durante a noite.
Aquele condomínio devia abrigar pessoas das mais diversas crenças. Nos dias subsequentes, a administração colocou um cartaz solicitando que, se alguém tivesse presenciado algo que procurasse a direção. Ninguém se manifestou e o caso ficou sob investigação da polícia do Condado de Broward. Um caso de intolerância religiosa ou antissemitismo?
Não consigo precisar o ano mas foi no início da década de 1990. Um parente bem próximo, que havia mudado para os Estados Unidos a fim de morar e trabalhar, nos convidou, meu marido e eu, para passarmos o Natal e o Ano Novo com ele, a mulher e três crianças. Havia alugado um apartamento em cidadezinha próxima a Fort Lauderdale.
Morava em um condomínio de classe média, bonito como a maioria das habitações coletivas da região. Um conjunto de prédios de dois andares com dez apartamentos por unidade, bem separados uns dos outros, em terreno amplo, com jardins, piscinas, áreas de lazer e grandes estacionamentos. Eram cinco prédios, dando um total de 50 famílias morando no local. Sem muros altos, sem grades, sem seguranças armados. Muito seguro.
Os apartamentos eram confortáveis, com grandes janelas envidraçadas e varandas. Enfim, um lugar muito agradável.
Saíamos para caminhar nas arborizadas ruas adjacentes onde encontrávamos pouco tráfego de veículos, pessoas praticando corrida ou passeando com seu cão.
Quando se aproximou o dia de Natal, algumas moradoras enfeitaram uma árvore no hall do prédio onde estávamos, que não tinha porteiro, cada morador possuía sua chave. Em uma pequena mesa dispuseram um bonito presépio adornado com pinhas de pinus e galhos de azevinho.
Senhoras da comunidade judaica colocaram no canto oposto, sobre uma mesa com toalha de renda, um Menorah, importante símbolo religioso de sua fé. A festa do Chanukah coincidia com as datas da festa católica.
Na véspera de Natal, nos levantamos muito cedo para fazer um passeio. Quando passamos pela portaria, ficamos chocados ao ver o Menorah retorcido, bastante danificado. Alguém havia tentado destruí-lo durante a noite.
Aquele condomínio devia abrigar pessoas das mais diversas crenças. Nos dias subsequentes, a administração colocou um cartaz solicitando que, se alguém tivesse presenciado algo que procurasse a direção. Ninguém se manifestou e o caso ficou sob investigação da polícia do Condado de Broward. Um caso de intolerância religiosa ou antissemitismo?