NATAL
 
Hoje comemoramos  o aniversário de Jesus. Por isso chamamos Natal. Mas ao longo dos anos parecemos perder o sentido dessa data pela forma como fica nossa alma ...
As pessoas se comportam das formas mais variadas possíveis. Mas sempre dentro dessa contingência que se caracteriza pelas negociações, compras,  trocas de presentes, endividamento, roupas novas, muita pompa e também muitas luzes e comida. Da mensagem de amor, perdão, solidariedade, compreensão, passa-se longe.
A paisagem natalina dos bairros de classe média pobre, parecem deixar marca do mesmo processo das outras mais abastadas. As ruas ficam vazias ou aqui e ali com as barracas na porta de casa, tomando cerveja, vinho, falando alto, com músicas do lançamento recente da mídia Nem sequer parecem felizes. Parecem hipnotizados por uma mesma matriz: a distração!
Dentro desse clima, existem as variações. Natal dos “poderosos” dos “endinheirados”, ou dos miseráveis, pobres e mendigos. Mudam o cenário que pode ser num iate, ou numa mansão.  Numa marquise ou debaixo de uma ponte. O drama existencial de perdas e frustações enquadram todos num mesmo prisma humano. . . Processo de fuga .
Algumas pessoas com mesa farta, família junta,  sorriem das gracinhas das crianças ( ainda bem que elas existem)  e escondem no frigorífico da alma, as dores das mortes dos entes queridos, as frustações das más escolhas, os ressentimentos, as frustações. Parece sobrar  poucas coisas boas além das esperanças de um futuro melhor.
Ser solidário com os ensinamentos que representam a lembrança de Jesus parece ficar em último plano.Todos parecem estar em fuga de alguma coisa. Fica no entanto a indagação: - Afinal de quê fugimos? Que falta acontecer para que possamos dar sentido real às coisas ?

 
Tânia de Oliveira
Enviado por Tânia de Oliveira em 25/12/2016
Reeditado em 25/12/2016
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