NATAL DE SUPER-HERÓIS
No período do natal de 2008 eu recém havia aposentado-me e então fomos passar na praia. No porta-malas sob a bagagem seguiu um guarda-sol ganho como brinde numa compra no comércio, ele - o guarda-sol estalando a fita, eu nem tanto.
Às 15 horas lá fomos nós para a praia dos surfistas em Imbituba, armamos o guarda-sol e fomos molhar as canelas, uma brisa morna jogava areia fina nos banhistas. Não demorou e a brisa deu lugar para algumas rajadas de vento e lá se foi o guarda-sol, não só o nosso, mas diversos para-sóis. O nosso deu várias cambalhotas e desmontou-se parecendo uma aranha depois de uma chinelada.
Não sei como, mas rasgou-se até a metade, trabalho que terminei de concluir rasgando o restante.
No final da tarde voltamos e na passagem pelo tonel destinado ao lixo seco eu o depositei ali. Veio o noite os foguetes, as festas e o guarda-sol esquecido num canto do pensamento.
No dia de natal voltamos à praia que fervia de banhistas. Bem na entrada junto aos salsos chorões havia um grupo de crianças da própria praia que colocava a capa de super-herói subia num tronco com pouco mais de meio metro de altura e saltava gritando o nome de um super-herói.
A capa era o pano do guarda-sol que se rasgara no dia anterior. Observei atentamente e o único brinquedo que eles tinham era ele, certamente depois de um sopro mais forte de papai-noel sobre a praia na véspera do dia de natal.
Lembrei da maioria de meus natais feitos de brinquedos caseiros.