NATAL É COISA DE CRIANÇA
Gosto de pensar no Natal como uma criança. Natal de adulto é muito chato. Adulto questiona se Jesus nasceu mesmo no dia vinte e cinco de dezembro. E eu com isso? Adulto critica o sistema capitalista opressor, a marketização do Advento, a exploração comercial que deturpa o verdadeiro significado do Natal. Um diz uma coisa, outro diz outra, é briga pra mais de metro. Teólogos fundamentalistas entrincheirados atiram seus morteiros contra os indefesos velhinhos Noeis, abre-se a temporada de caça às renas, derrubada antiecológica das árvores de natal, etc., etc. e etc.
Criança não pensa nessas coisas no Natal. Para a criança, o Natal é visto como tempo de ganhar presentes (mesmo que não ganhe), festa, música, roupa nova, família reunida, muita comida gostosa, tem cantata na Igreja, presépios lindos nas salas com vaquinhas, jumentinhos e ovelhinhas, árvores de natal recheadas de bolinhas coloridas, luzes piscando nas ruas, lojas decoradas, bombons, chocolates, panetones, abraços, sorrisos. Eita bocado de coisa boa! Pena que só algumas poucas crianças vivem um Natal de verdade. Culpa dos adultos.
Vai dizer que estou com um discurso infantilizante ou infantilizado? Pode dizer, você é adulto mesmo, além do mais, para as crianças, Natal também é tempo de perdão, então nesse caso, eu perdoo os adultos. Mas se você der um puxão na sua memória verá que o Natal fala de uma criança. Natal é coisa de criança. Uma criança que nasceu, um filho que se nos deu, um presente de Deus para as famílias da Terra, um tempo de festa e de alegria e de tudo que faz uma criança feliz. O que passar disso é coisa de adulto chato.
Feliz Natal.