NATAL X PAPAINOEL

Eu adoro o natal, detesto PAPAI-NOEL com sua barba e tudo. .porque o natal é de todos, todos podem a sua maneira comemorar: uns com pernil de porco, outros com peru, e aquele que sem nada para comer, comemoram com o espirito, a alegria e a energia que o dia transmite, a grandeza que ele representa. Para o pobre é tudo. Já o PAPAI-NOEL é para tem algum dinheiro. É sinônimo de presente e de tristeza para muitos. Lembro-me quando ainda pequeno e acreditava nesta ilusão , que o papai- Noel descia por uma chaminé e eu preocupado pois la no sitio não havia chaminé, colocava as sandálias feitas de pneu de caminhão , debaixo da rede, ficava a espreita até altas horas da noite , esperando o presente trazido por Papai-Noel. Qual não era a minha frustação , quando o dia amanhecia e eu acordava e olhava para debaixo da rede, e, lá estava a minha alpercata, limpa, sem nada encima, sem o tão ansioso e esperado presente que o Papai-noel prometeu. Meu peito enchia de raiva e meus pais de desculpas, como não deu tempo, o trenó quebrou. Via os olhos de meus pais marejarem tentando parar o rio que corria nos meus. O meu ódio aumentava, quando já consolado pelas explicações de minha mãe e as desculpas de meu pai, saia e no terreiro encontrava o filho do vizinho, ostentando a sua corneta. Meu pai pacientemente, desenhava num papelão 04 rodas e pedia para ir na marcenaria de seu compadre para ele passar para madeira. Chegava eu, com as rodas e ele dizia:” vamos fazer um carro melhor que qualquer um deste que você viu com seus amigos”. Mãos a obra: de uma lata seca de óleo , ele fazia a cabine, com as tabuas de um caixão velho de sabão fazia a carroceria, com aspas fazia as molas e um cordão, lá estava eu exibindo o meu carrão . meu pai ria ao ver que eu ficava satisfeito e dizia:-“ agora é só juntar caixa de fosforo para fazer a carga. Saia eu a rodar com o meu carro, pensando : pai é este , e não este Papai-noel , que promete o ano inteiro e esquece meu presente. Passei a odiar mais ainda o papai- Noel , quando descobri ,que ele não existia, e doía-me o coração, e ficava de uma tristeza tamanha ao saber que o papai Noel era meu pai e não dava o presente ,porque não tinha dinheiro. Enchia-me de ódio meu peito, uma raiva incontrolada passei a nutrir desde pequeno contra este papai Noel dos magnatas dos poderoso, dos ricos, e fazia sofrer eu e meu pobre pai., um porque não tinha dinheiro para compar. O presente o outro, por não receber o tão esperado presente. Adoro o natal. Mas não me velha falar neste papai –Noel.

FSFonseca
Enviado por FSFonseca em 14/01/2013
Código do texto: T4085069
Classificação de conteúdo: seguro