Hoje, 10 de dezembro é celebrado o dia internacional de defesa dos Direitos Humanos. Observando o que se passa longe ou perto de nós, constatamos a situação desagradável do mundo: ambição, poder e glória, injustiças, guerras, indiferenças, desamor, poucos sinais de esperança. O mundo parece estar sem rumo, sem motivação para viver dignamente. A corrente consumista engana o ser humano com suas ofertas. O homem vai perdendo a capacidade de iniciativas, deixando-se arrastar por ilusões e poucas ou nenhuma possibilidade de esperança. A dimensão religiosa, que está na raiz do próprio homem, vai perdendo sentido do mistério, da contemplação, o sentido de “estar em festa”.
O Natal é um desses acontecimentos que tendem a esvaziar-se do seu sentido; é deturpado pela comercialização, pelo relativismo, não passando, para muita gente, se tradição, sentimentalismo, saudade, festa profana. Uma das manifestações mais flagrantes do espírito consumista. O Natal se tornou um instrumento nas mãos dos poderes que exploram uma humanidade diminuída.
Porém, nem tudo é negativo. Além de muita autenticidade que ficou conservada, existem sinais positivos do espírito de Natal, por exemplo, o movimento da Novena do Natal em Família. É uma feliz iniciativa de recristianizar o Natal e lhe redescobrir o sentido.
O Natal é uma festa que toca a sensibilidade das pessoas. Por isso importa tanto que seja celebrado com toda a alegria e fé, sobretudo com todo o empenho do amor aos homens, especialmente os mais humildes. Então já não será uma festa de relativismo e consumo exagerado, mas uma celebração da Esperança, conforme o exemplo que deu o próprio Deus ao escolher para si uma família, a humilde família de Nazaré.