Contemplando o país ao fim de mais um exercício a gente como que  se desilude com o governo atual e com os políticos. Quase todos só caminham para a direita, cada vez mais para a direita e parece que o cinismo político (as últimas declarações de FHC sobre Zé Dirceu) tomou conta de tudo e do modo mais vulgar possível. Aqui e no mundo todo. Por exemplo, simpatizo tanto com o povo judeu e ao mesmo tempo sinto repugnância pela política imperialista adotada por Israel. 
     Olho para mim mesmo e me sinto equilibrado como um trapezista em uma corda bamba, sustentado no alto pela graça divina e por uma energia que me fragmenta em mil pedaços, e que ao anoitecer me seduzem cada vez mais e penso em adotá-las, já que o crepúsculo é como uma oração que unifica e a  mim renova as forças.
Lembro-me do  escrito que certa vez vi em um muro e essa inscrição dizia: “Guardemos o pessimismo para dias melhores”. 
     Isso significa que em dias mais difíceis, não temos direito de ser pessimistas ou afundamos de vez. Uma palavra do evangelho lido nesses dias e que retomará nesse tempo do Advento diz: Quando virem essas coisas acontecerem (sinais que parecem ser do fim), levantem a cabeça e se alegrem porque a libertação de vocês se aproxima. Espero muito desse tempo do Advento e convido a todos a mais uma vez entrar na dança da esperança.