Manhã de Natal
Acordei cedo, depois de uma noite quente e barulhenta.
Levantei-me, desci as escadas. A casa estava quieta.
Todos dormiam após uma noite de excessos.
O dia nublado e úmido não tinha a menor sombra do dia anterior.
Dirigi-me ao jardim. Tudo continuava quieto. Nem os pássaros, comumente tão madrugadores, se faziam ouvir. A brisa fresca da manhã arrepiou meu corpo ainda quente da cama.
A sensação foi boa, despertou-me. Fez-me ver o dia com outros olhos e saboreá-lo. A quietude me encantou. Pensei na tranquilidade que ela trazia e ofertava a todos sem nenhum ônus especial, pensei na significação do Natal, na paz, na espiritualidade, e encontrei o verdadeiro Natal nessa manhã cinzenta.