A celebração de Natal pode ser comparada a esses presentes estranhos que um amigo oferece a outro e que cada vez que se abre a caixa, surge outra menor dentro da primeira. A pessoa vai abrindo caixa após caixa sem encontrar ainda o presente. Assim também a festa de Natal. Temos de rasgar vários invólucros superficiais e superar várias noções falsas ou menos profundas do Natal, até encontrar (ou reencontrar) o seu conteúdo verdadeiro e profundo. Não penso que temos de procurar esse sentido mais profundo do Natal unicamente nas celebrações religiosas ou no eruditismo teológico doutrinal. Se no Natal, as pessoas celebram a alegria humana e se tornam verdadeiramente mais amigas, isso é ótimo. “Ta pra lá de bom!”.
Desde o seu surgimento, o Natal assumiu esse ar de festa quando deu um verniz cristão à celebração do solstício do inverno no hemisfério norte. Os evangelizadores daquele tempo, num rasgo de gênio e sob inspiração divina, assumiram e aproveitaram a alegria do povo e a confraternização das pessoas nessa ocasião, unindo a isso a memória cristã da encarnação do Verbo, ou seja, a celebração de que Deus se torna humano na pessoa de Jesus. No decorrer da história, como um rio que vai recebendo água de vários rios menores, a celebração do Natal foi ganhando tradições e costumes como a árvore de Natal, a história do Papai Noel, criado a partir das lendas sobre o Bispo São Nicolau, cuja memória se festeja também em dezembro. É lamentável que essas tradições tomaram formas mais comerciais e consumistas e hoje o Pai Natal se tornou garoto propaganda de shoppings e empresas comerciais. Entretanto, o Natal é sempre ocasião de confraternização humana e de unidade das famílias e dos amigos que se reencontram. Talvez aí esteja uma mensagem humana e trans-religiosa de Natal que nós, cristãos, devamos ouvir como palavra de Deus e valorizar mais. Sem dúvida, esse elemento humano e afetuoso da festa nos faz redescobrir o próprio coração da celebração cristã do Natal: proclamar a presença divina na humanidade de cada um de nós e de todos.
Desde o seu surgimento, o Natal assumiu esse ar de festa quando deu um verniz cristão à celebração do solstício do inverno no hemisfério norte. Os evangelizadores daquele tempo, num rasgo de gênio e sob inspiração divina, assumiram e aproveitaram a alegria do povo e a confraternização das pessoas nessa ocasião, unindo a isso a memória cristã da encarnação do Verbo, ou seja, a celebração de que Deus se torna humano na pessoa de Jesus. No decorrer da história, como um rio que vai recebendo água de vários rios menores, a celebração do Natal foi ganhando tradições e costumes como a árvore de Natal, a história do Papai Noel, criado a partir das lendas sobre o Bispo São Nicolau, cuja memória se festeja também em dezembro. É lamentável que essas tradições tomaram formas mais comerciais e consumistas e hoje o Pai Natal se tornou garoto propaganda de shoppings e empresas comerciais. Entretanto, o Natal é sempre ocasião de confraternização humana e de unidade das famílias e dos amigos que se reencontram. Talvez aí esteja uma mensagem humana e trans-religiosa de Natal que nós, cristãos, devamos ouvir como palavra de Deus e valorizar mais. Sem dúvida, esse elemento humano e afetuoso da festa nos faz redescobrir o próprio coração da celebração cristã do Natal: proclamar a presença divina na humanidade de cada um de nós e de todos.