Nos lugares onde existe o costume católico, começaram ontem as novenas preparatórias ao Natal. É um tempo no qual a linguagem da fé toma a forma de um apelo mais profundo pela libertação. A raiz é bíblica entendendo-se que não adianta a libertação apenas social e econômica. Ela deve chegar a ser interior e espiritual.
A realidade social é sinal e instrumento desse processo mais profundo que envolve todas as dimensões da pessoa humana. Por isso, como sinais do projeto divino que quer realizar no mundo, Jesus cura as pessoas e as reconcilia consigo mesmas e com Deus.
A partir de amanhã, sábado, 17 de dezembro, cada tarde, durante uma semana, a liturgia católica cantará as antífonas do O: invocações que se concluem sempre pedindo libertação. Tenho intenção de publicá-las nesta página a cada dia.
No dia 14 de dezembro, o calendário católico fez memória de São João da Cruz, frade carmelita espanhol que no século XVI foi um grande espiritual e empreendeu com Teresa de Ávila a reforma do Carmelo e da Igreja daquele tempo. Como propunha coisas muito novas, não deu outra: foi incompreendido pelos próprios confrades e aprisionado numa masmorra. Na prisão, ele compôs o belo “Cântico Espiritual”, na minha modesta opinião o mais estupendo comentário ao livro bíblico do Cântico dos Cânticos.
Nessa reta final de preparação ao Natal, recorro a uma palavra dele no seu comentário. Ele diz assim:
“Por que chega a tanto a ternura e verdade do amor
Com que o Pai presenteia e engrandece
A esta humilde e amorosa alma,
Ó coisa maravilhosa e digna de admiração,
Ele se sujeita a ela verdadeiramente para engrandecê-la
Como se, verdadeiramente, fosse ele, Deus, o seu servo
E ela, a alma humana fosse o seu senhor.
E está tão solícito em presenteá-la
Como se ele fosse seu escravo e ela fosse seu Deus.
Tão profunda é a humildade e a doçura de Deus”
(São João da Cruz, Cântico Espiritual, c.27, n.1).
Feliz Natal!
A realidade social é sinal e instrumento desse processo mais profundo que envolve todas as dimensões da pessoa humana. Por isso, como sinais do projeto divino que quer realizar no mundo, Jesus cura as pessoas e as reconcilia consigo mesmas e com Deus.
A partir de amanhã, sábado, 17 de dezembro, cada tarde, durante uma semana, a liturgia católica cantará as antífonas do O: invocações que se concluem sempre pedindo libertação. Tenho intenção de publicá-las nesta página a cada dia.
No dia 14 de dezembro, o calendário católico fez memória de São João da Cruz, frade carmelita espanhol que no século XVI foi um grande espiritual e empreendeu com Teresa de Ávila a reforma do Carmelo e da Igreja daquele tempo. Como propunha coisas muito novas, não deu outra: foi incompreendido pelos próprios confrades e aprisionado numa masmorra. Na prisão, ele compôs o belo “Cântico Espiritual”, na minha modesta opinião o mais estupendo comentário ao livro bíblico do Cântico dos Cânticos.
Nessa reta final de preparação ao Natal, recorro a uma palavra dele no seu comentário. Ele diz assim:
“Por que chega a tanto a ternura e verdade do amor
Com que o Pai presenteia e engrandece
A esta humilde e amorosa alma,
Ó coisa maravilhosa e digna de admiração,
Ele se sujeita a ela verdadeiramente para engrandecê-la
Como se, verdadeiramente, fosse ele, Deus, o seu servo
E ela, a alma humana fosse o seu senhor.
E está tão solícito em presenteá-la
Como se ele fosse seu escravo e ela fosse seu Deus.
Tão profunda é a humildade e a doçura de Deus”
(São João da Cruz, Cântico Espiritual, c.27, n.1).
Feliz Natal!