Crônica do símbolo maior do natal

Crônica do símbolo do natal

A felicidade à mira do olhar, ao som ambiente, ao cheiro do ar, ao alcance das mãos. O que de melhor a vida pode nos dar nunca está distante, existe ao sabor dos sentidos, próximos, agarrados na gente. Minha família, minha casa, minha rua, meu trabalho, meus amigos, minha cidade, isso é a felicidade. A imagem mais linda é a das pessoas queridas ao lado; o som mais gostoso é o das pessoas queridas, sempre ao lado; o cheiro mais perfumado é o das pessoas amadas; o toque mais animador é o das pessoas que amamos, que gostamos, que admiramos. Tudo o que importa para a completa felicidade são as pessoas, e as que realmente interessam, as pessoas da nossa vida, estão sempre perto da gente. E às pessoas da minha vida ofereço meu canto: nos caminhos por onde andei, teve flores a ornarem; com as pedras que deparei construí pontes que possibilitaram um novo passo; a energia que sempre me impulsionou foi o entusiasmo pela simplicidade do que o mundo oferece, foi o dom de sentir a beleza de cada momento do dia, em todos os dias; foi a capacidade de aprender o que é bom e descartar o que não foi. E as fontes dessa energia se encontram no amor, no respeito, na compreensão, na solidariedade, na gratidão, no carinho e na magnanimidade. E é com esse espírito que eu componho as minhas canções, que falam das coisas belas, como do luar, na noite mais linda, que é para todos; o sol nascente, abrasador e poente, é para todos; as chuvas que lavam a terra, que renovam a vida, são para todos; a beleza das montanhas, dos vales, das plantações, do mar, das construções, das magníficas obras humanas, são para todos. O direito de ser feliz é para todos e está ao alcance de todos. Oh, Deus, não tire de mim, jamais, o dom de encontrar razão de alegria nas coisas simples da vida; a capacidade de sentir felicidade com aquilo que está a minha disposição. Que eu me satisfaça com o que tenho e que não me frustre com o que não foi possível. Quero cantar porque não cabe em mim tanta felicidade, tanto entusiasmo pela vida; isso é o resultado do que ela tem me proporcionado ao longo dos tempos. Sinto necessidade de extravasar, de dividir essa alegria incontida. O sorriso que me aflora espontaneamente é o que eu sempre ofereci à todos aqueles que me rodeiam, o que eu sempre ofereci à vida e o que sempre desejei dela; é o que eu tenho do passado, do presente e o que desenho para o futuro. Quero oferecer ao mundo o que a vida me deu de presente: paz, tranqüilidade, harmonia e muito amor. Diante de todas estas belezas da vida, quero continuar cantando e dizer das chuvas que lavam o chão, que renovam a vida, que estimulam os odores da terra, os sabores da plantação. É o ciclo das águas que, da natureza, é uma maravilhosa expressão, que tem a doce magia e o encanto que pode oferecer o verão. Como é linda minha terra, minha gente, meu natal, de noites encantadas, de luzes a enfeitar a vida. Como é maravilhoso o meu natal de sol abrasador, de longos dias, de manhãs encantadoras, de tardes animadoras. Meu natal é tropical, de magia e de paixão; tem a natureza em festa, com o verde a despontar, tem as sombras dos jequitibás e os cantos dos sabiás.Que todos, dentro de suas possibilidades, especialmente as pessoas da minha vida, tenham um feliz natal.

J. Roberto

Roberto Santos
Enviado por Roberto Santos em 11/12/2010
Código do texto: T2666258