O NATAL DE NOEL x NATAL DE JESUS
As lojas, da minha cidade, estão com o visual natalino. Cada uma mais bonita que a outra. Pois conforme o padrão e as posses de seus proprietários, estes apresentam em suas vitrines e fachadas o que há de melhor em matéria de enfeites. Bonecos representando Noel, trenós com suas Renas, e pacotes ricamente ornados de papéis luminosos e chamativos,é a tônica em quase todas elas. As luzes ganharam um brilho especial nas mãos hábeis de seus decoradores As imitações de arvores, em forma de pinheiros, tem como adorno, além dos enfeites em vidro, as pencas e chumaços de algodão simbolizando a neve. Em síntese, a cidade esta respirando o ar comercial, da festa máxima pagã(mas assumida pelo clero): O Natal de Noel; o Natal consumista; o Natal materialista, porém que, é quase impossível eliminar por ser questão básica de sobrevivência daqueles que dependem dele para sustentar seus lares e familiares.
Nessa época do ano, é que podemos ver evidenciado, com maior intensidade: O ‘ter’, sobrepondo-se ao ‘ser’. O ‘poder’, que está se fazendo presente, e o presente, que será o símbolo desse apreço, cujo custo embutido no prazer do retorno, quase sempre é supérfluo e materialista. Poucas e raras, cada vez mais, são as casas comerciais e as lojas que usam o verdadeiro sentido do Natal em suas vitrines. O presépio humilde com seu conteúdo e formato, perdeu vez para o representante do capital em sua suntuosidade e sofisticação. Um menino numa manjedoura, uma vaca, uma mula, e a palha, não são páreo para: Um velho de barba branca com roupa cintilante, um trenó perfeito com renas voadoras e flocos de neve, alva e macia.
Quanta hipocrisia humana . Ela só não é maior por causa daqueles verdadeiros Cristãos,que por saberem o real sentido do Natal, tem suas ações voltadas para o maior de todos os homens que um dia pisou nesta terra: Jesus Cristo. Jesus não distribuía presentes: Ele era o ‘presente’, e lamentavelmente os homens, em sua grande maioria, o tem desprezado e trocado por bens supérfluos e degradáveis.
Mas nem tudo está perdido, pois na lojinha do seu Zé Silva, ele montou uma pequena manjedoura natural, na qual usa crianças em ação e faz uma promoção a seus clientes, pois a cada presente comprado, um igual é doado a uma criança carente. Zé, diminui seu lucro material, mas ganha em dobro no espiritual. Feliz Natal a todos, e em especial aos Zés, que existem ainda... graças a Deus.
Ao escrever esta crônica quis ser bem claro e sucinto a respeito do que penso nesta data tão significativa para o conceito de amor nos homens; interesseiro, as vezes até egoísta,que vivem nos dias atuais. O aumento de frustrações, é uma realidade, uma constatação nas famílias e nos meios sociais. Resgatar o Natal do Cristo-Esperança é quase uma utopia neste mundo voltado para o consumismo, mas não custa tentar , pois me serve como desabafo. Que no sorriso inocente das crianças possamos ver refletida a imagem do amor Divino, de Jesus, e que a vitrine mais bonita de todas esteja em nossos peitos, com a sonoridade do bater de um sino, chamado: “Coração”. Um Feliz Natal a todos os homens de boa vontade