Dá licença?
Preciso abrir um livro, ou caderno.
Preciso ler ou escrever a um amigo.
Me desculpe sim? É urgentissímo.
Depois continuamos o assunto sobre nanotecnologia, agora preciso ver ou falar com gente.
Mas porque?
Dia  25 tem muito lixo, e você sabe... Com coisa séria não brinco.
Mas fale comigo eu não sou bicho!
Chef, você não entenderia...
Continue com sua receita molecular, que vou minha alma de poeta aliviar!
Lembre-se que a ceia não pode atrasar.
Mas você não vem cear?
Depois de tanta hipocrisia? Não uso burka nem véu, por isso prefiro meu mundo de papel!
Nesse se me deparar com falsidades, desigualdades, algo sem nobreza e vil, viro a página.
E faz de conta que não viu? Essa atitude não encaixa no seu perfil, nem é sua sina menina.
Você não é mole igual gelatina, te conheço,  gritaria por guilhotina!
No meu mundo de papel? É... Talvez pintaria ou escreveria minhas lutas e outra tantas, ou quem sabe, vomitaria toda minha indignação em cima do autor que ignora a proibição da poluição visual.
Isto é irracional!
Então vamos inumar este mal.
Estou indo, cuide da sua iguaria e lembre-se que é para a burguesia!
E você com essa dureza se cuida guria! Quando voltar do seu mundo de papel, venha provar a sobremesa, chama-se espuma de mel.
Não voltarei hoje,  pois tenho tanto o que falar com o meu Papai do céu...