Crônica de Natal - Transmutação

Para a maioria das pessoas, infelizmente, o Natal nada mais representa do que um simples feriado, onde aproveita-se para satisfazer os bestiais instintos.
Normalmente, quando se fala que a festa de Natal foi uma maravilha, é que foram satisfeitos todos os desejos gastronômicos e etílicos; onde houve uma mesa farta, com bebidas finas, complementada por danças exóticas e trocas de presentes.
Tempos modernos. Tempos mudados – não leia-se saudosismo, não!
Será realmente esse o espírito da festa natalina?
Se pararmos um pouco para pensar, descobriremos que não e que o tempo não mudou. Nós é que mudamos, em nosso egoísmo de querermos tudo para nós. Para os nossos filhos. Para as pessoas que amamos, o que não significa nenhuma fraternidade!
E os meninos do outro lado da rua? Tiveram a mesma chance? Será que tiveram uma ceia farta? Pelo menos, será que almoçaram? Nós sabemos que não! Por isso o nosso mutismo, a nossa omissão! Mas também nós sabemos que aquelas crianças (pivetes) têm sonhos igualmente nossos filhos.
Pelo menos lembramos, ou pedimos ao menino Jesus por eles?
Esta data que, num país que se diz cristão, deveria ter significado muito especial, não passa de um ponto de referência, assim como o é o carnaval!
É Jesus Cristo mais uma vez comercializado. Os sinos, a estrela, o Papai Noel (São Nicolau), aqueles símbolos natalinos de nossa infância, nada mais são do que elementos promocionais para melhor vender o Jesus Cristinho: no cheque, no cartão, à vista, ou a prazo.
É o Natal. Infelizmente, o milagre não se repete!
Por tudo isso, invoquemos a real presença do Jesus Menino em nosso meio, o único capaz de desfazer essa transmutação.
Amém!