Natal _ 2006
Sandra M. Julio
A noite corria serena e bela... Estrelas cintilavam contemplando uma pitoresca gruta ao lado de Beth-lehem (casa do pão). De quando em quando, uma cadente vinha iluminar o abrigo.
Nela descansou Maria.
E do ventre da Terra Mãe, o coração do planeta em silêncio canta o mais belo poema de amor... Assim nasce o Nazareno.
Nunca fundou nem defendeu religião, era Ele eminentemente religioso, freqüentou a Universidade Cósmica e a sabedoria brotava das profundezas da Sua alma refletindo no finito telúrico.
Conviveu com a miséria e a ignorância, praticou o amor, ensinou a fé, se fez verdade num mundo onde a maldade e a profana arrogância humana dita leis.
Foi humilde como humilde é o saber...
Entre discípulos amigos brindou sua última ceia, mesmo sabendo a traição que o levaria a morte numa cruz.
Morreu humilhado, massacrado em nome d'um Amor Maior.
Venceu a morte e renasceu como filho do altíssimo.
No quadragésimo dia após a ressurreição, antes de partir disse: “... e eis que estou convosco todos os dias até o fim dos tempos. “Salem aleikum” a paz seja convosco.
É Natal...
Assim como em cada anoitecer, vemos o deslumbrante nascer das estrelas iluminando a noite e a cada alvorecer o nascer do sol, presenteando-nos com um novo dia. Desejo que a cada natal, você possa ver, sentir, redescobrir com o nascer da Grande Luz.
E que em cada coração ressuscite o sorriso de humildade, de perseverança, de fé, de amor, daquele rei menino, nascido há 2006 anos na simplicidade de uma manjedoura.
Sandra
25/12/06