A DATA E O SENTIDO
Vinte e cinco de dezembro. Uma simples data, que a humanidade decidiu, em algum momento de sua história, convencionar a comemoração natalina.
O mês de dezembro é sem dúvida, um dos mais movimentados no mundo. Por esse motivo, é muito difícil caminhar pelas ruas de uma grande metrópole, como São Paulo. Agita- se o comércio, que apesar da crise atual, respira bem nesse fim de ano. O consumismo humano exacerba- se. Nós, enlouquecidamente, corremos. Buscamos o presente ao familiar amado, a roupa mais bonita da vitrine, os ingredientes para uma ceia farta.
É uma grande luta contra o tempo. Tudo precisa estar pronto até a zero hora do dia vinte e cinco.
Chegam os fogos de artifício, iluminando os céus. É a grande hora! A troca dos abraços, dos presentes, emoção, alegria! Vem a mesa farta.
Empanturramos o estômago. Noventa por cento dos brasileiros não consome nem a metade do que surpreendentemente consegue consumir na tão esperada noite.
Linda festa, mas...
Algo está faltando... O que? Qual é mesmo, o real motivo pelo qual, nós, ditos cristãos, comemoramos o Natal?
Somos cristãos, certo? Eu disse CRISTÃOS.
Em vinte e cinco de dezembro, nós decidimos que seria o aniversário da maior criatura que já passou por este planeta!
Seu exemplo perdura no mundo, e perdurará para sempre!
Nenhum de nós sabe ao certo quando Ele veio ao mundo. Outros, embora comemorem a data, sequer creêm que Ele tenha, de fato existido e passado pelas bandas da Terra.
Pouco importa a cronologia. Fundamental porém, é ter no âmago da alma a mensagem maior do Grande Mestre: o amor e a fraternidade, dentre todos os povos!
Para muitos, Ele não passa de alegoria, um simples motivo para mais um feriado, a chance de entorpecer- se sem preocupar- se com o dia seguinte. Mas, e aqueles que de fato creêm no Mestre, já se perguntaram se o Cristo existe mesmo dentro de cada um?
Nossas provas surgem minuto a minuto: um agasalho ao que passa frio, o repartir do alimento com o que passa fome, a palavra a quem necessita desabafar, o acalanto ao que sofre. Esses são fatos que sucedem diariamente no mundo, sem data determinada.
Natal: uma grande e linda festa! Uma simples data, com um enorme sentido!
Um carinhoso abraço a todos os autores e leitores do "Recanto". Que o espírito natalino da transformação do homem possa habitar todos os corações a vida inteira!
Os votos de paz, alegria e prosperidade deste humilde escritor!