CAÇADOR DE ROLINHA

Nas curvas do pensamento

Sou inventor de ciências

Controlador desatento

Que já não tem paciência

Com os aviões do radar

E fica alí a voar

Nas asas da malevolência

Sou caçador de rolinha

Entrando de mato a dentro

Que duas balas só tinha

E quando volta do intento

Tem seis aves abatidas

Cinco de bala perdida

E outra de passamento

Dos traços da minha pena

Faço rimas afiadas

Tal qual faz o lavrador

Dando no chão com a enxada

Enche a terra de beleza

Hábil e sem sutileza

Como que não fosse nada